Pirataria de streaming amplia ofertas para competir pelos seus negócios

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Novos dados da Irdeto, empresa especializada em segurança para plataformas digitais, indicam que o roubo de conteúdo por piratas tornou-se um negócio plenamente amadurecido e um enorme concorrente das operadoras de TV por assinatura. Segundo os dados, hoje há mais de 2,7 milhões de anúncios de dispositivos ilícitos de streaming em websites de e-commerce, inclusive a Amazon, eBay e Alibaba.

Em uma investida verdadeiramente multicanal, esses anúncios também podem ser encontrados em redes sociais, inclusive Facebook, Twitter e outras plataformas proeminentes de social media.

Os piratas estão ficando mais empreendedores e ampliando seu marketing de dispositivos ilícitos de streaming. Dados da SimilarWeb, empresa de inteligência de mercado digital, mostram que o crescimento no tráfego global resultou em mais de 16 milhões de visitas mensais aos 100 principais websites de fornecedores de IPTV pirata. Os EUA e o Reino Unido são os países com o maior número de vistas mensais.

Custo-benefício e conveniência

Em geral, ao selecionar um serviço, as escolhas dos consumidores resumem-se em conteúdo, valor e conveniência. Os piratas exploram essas três necessidades oferecendo serviços e dispositivos que concorrem com seus homólogos legais. Sem os custos da aquisição legal de direitos e conteúdos, os piratas conseguem apropriar-se de participações valiosas no mercado.

Em alguns casos, a despeito da natureza ilegal da oferta, os baixos custos e a disponibilidade de conteúdo de qualidade convencem os consumidores a escolher um dispositivo pirata

Segundo os dados da Irdeto, um fornecedor pirata típico oferece uma média de 174 canais, sendo que alguns oferecem mais de 1.000 canais. O conteúdo pode ser acessado a um preço médio de assinatura de US$ 194,40 por ano, cerca de R$ 621,30, ou um custo espantosamente baixo de US$ 16,20 por mês, aproximadamente R$ 51,80 – bem inferior ao custo médio de TV por cabo nos EUA, que é de US$ 103,10 por mês, ou R$ 329,50.

Em alguns casos, a despeito da natureza ilegal da oferta, os baixos custos e a disponibilidade de conteúdo de qualidade convencem os consumidores a escolher um dispositivo pirata em vez de serviços legais de TV a cabo, satélite ou OTT.

Consumidor enganado?

Embora alguns consumidores saibam que estão comprando conteúdo pirateado, outros não percebem que as assinaturas que estão comprando são operações piratas.

Os 100 principais fornecedores de IPTV pirata aumentam a credibilidade de suas ofertas fornecendo dispositivos que parecem legítimos

À medida que os piratas ampliam e refinam suas práticas comerciais, a Irdeto observa um aumento na quantidade de piratas com websites, tecnologias e serviços criados profissionalmente, enganosamente convencendo alguns consumidores de que estão comprando um serviço legítimo.

Além disso, os 100 principais fornecedores de IPTV pirata aumentam a credibilidade de suas ofertas fornecendo dispositivos que parecem legítimos, baseados em Android, Linux, Kodi e Roku.

Esporte na liderança

“Como qualquer empresa em crescimento, os piratas agora estão diversificando sua carteira, incorporando novas tecnologias e mais opções de conteúdo a suas ofertas ilegais”, disse Mark Mulready, Diretor Sênior de Ciber-Serviços e Investigações da Irdeto.

À medida que os piratas continuam a aumentar suas ofertas, torna-se cada vez mais importante que os titulares de conteúdo e as operadoras adotem uma estratégia antipirataria

“Nossos dados mostram que, dos dez principais canais oferecidos, metade são de esportes. Isso claramente indica que os piratas estão atentos aos seus clientes e atendendo à demanda com mais conteúdo de esportes ao vivo, inclusive beisebol, futebol americano/futebol, eventos esportivos mistos, tênis e automobilismo.

“À medida que os piratas continuam a aumentar suas ofertas, torna-se cada vez mais importante que os titulares de conteúdo e as operadoras adotem uma estratégia antipirataria de 360 graus elaborada para adaptar continuamente e crescer com a transição do mercado”.

Fontes

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