Estudantes da USP usam o Kinect para criar tecnologia de manipulação de imagens 3D

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(Fonte da imagem: Fusion4D/Roberto Sonnino e Keila Keiko Matsumura)

O filme “Minority Report” exibiu dezenas de tecnologias que poderiam virar realidade até 2054 – ano em que a história do longa-metragem acontece. A tela sensível ao toque que reage a movimentos é uma das grandes atrações da filmagem, proporcionando cenas emblemáticas do personagem de Tom Cruise acessando informações de maneira ágil e intuitiva.

Apesar de parecer muito distante da nossa realidade, esse tipo de tecnologia está bem mais próximo de fazer parte do nosso dia a dia do que imaginamos. As telas transparentes da Samsung, anunciadas no mês passado, provam isso. Contudo, não precisamos olhar para outros países para vermos o avanço tecnológico que transformará a ficção em realidade.

Conforme publicação do site Olhar Digital, estudantes da USP desenvolveram um sistema de manipulação de imagens 3D. O Fusion4D, como foi batizado o software, foi criado por Roberto Sonnino e Keila Keiko Matsumura, dois alunos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

A tecnologia consiste em uma interface gráfica tridimensional que proporciona a sensação de imersão total a partir de projeções de realidade aumentada. Com isso, é possível interagir com objetos virtuais 3D como se eles estivessem em suas mãos. O sistema usa o Kinect para detectar a estrutura física da pessoa e capturar os comandos de voz – utilizados para acionar os comandos do programa.

No vídeo acima, em inglês, você pode conferir como o Fusion4D permite que as projeções 3D sejam giradas, reduzidas de tamanho e expandidas para serem observadas com maiores detalhes. Além disso, o sistema possibilita que os objetos reproduzidos tenham uma “linha do tempo”, exibindo as diversas aparências que eles assumem durante determinados períodos de tempo.

Ao contrário do que aparenta, o software não exige uma máquina superpoderosa para ser executado. De acordo com os seus criadores, o Fusion4D necessita apenas de um processador razoável e uma placa gráfica. “O trabalho foi, na maior parte, desenvolvido no meu laptop – uma máquina com dois anos de idade na configuração. Qualquer computador vendida no varejo hoje, à exceção dos netbooks, consegue reproduzir o Fusion”, afirmou Roberto Sonnino.

O projeto apresentado como conclusão do curso de Engenharia da Computação poderá ser aplicado em diversas áreas do conhecimento. Sonnino afirma que “A ideia era desenvolver uma espécie de mapa da anatomia humana, usando imagens em 3D e realidade virtual. Nós entramos com o Kinect, que tinha acabado de ser lançado na época.”

“Hoje, o programa pertence à Poli-USP e eles vão desenvolvê-lo mesmo depois de nossa formação, mas nós o vemos sendo aplicado em diversos campos que atuem com modelagem 3D, como Medicina ou Engenharia – seria interessante ver uma aula de Anatomia com o Fusion”, completou Sonnino.

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