(Fonte da imagem: Reprodução/Revista Galileu)
Se hoje você pode atender a alguma ligação já sabendo quem está do outro lado, deve se lembrar de que há algumas décadas isso não era uma possibilidade. Pelo menos até que o aparelho Bina chegasse ao mercado brasileiro, prometendo acabar com as dúvidas na hora em que alguém precisava atender o telefone (e também fazendo com que algumas pessoas não atendessem, justamente por saberem quem estava chamando, não é mesmo?).
O aparelho foi batizado no início dos anos 1980, quando o inventor Nélio José Nicolai registrou as patentes do dispositivo. O problema é que, desde as primeiras unidades do Bina, Nicolai sofreu alguns golpes de sócios e parceiros. Isso inclui a quebra de contrato de uma empresa brasileira que passou a importar tecnologia estrangeira para os mesmos fins – um fato que não resultou em pagamento de multa e nem em royalties pelas patentes utilizadas.
Entre as diversas ações que Nicolai moveu, uma das mais controversas é contra a Ericsson, que utilizou a mesma tecnologia que ele e pediu a anulação da patente do brasileiro. A empresa conseguiu até mesmo que o Instituto Nacional de Propriedade Industrial revogasse a patente do Bina em alguns momentos, o que causa ainda mais confusão para quem está envolvido no caso e revolta para os defensores do brasileiro.
O que acontece se ele vencer?
No Brasil, as patentes têm validade de apenas 20 anos, e a de Nicolai vence este ano. Mesmo assim, os pagamentos devem ser retroativos e, independente de quando o resultado sair, se for favorável ao brasileiro, ele vai ficar rico. Calcula-se que os valores possam chegar aos 185 bilhões de reais, pois são 20 anos de uso indevido da tecnologia por diversos produtos e empresas.
Como relata a Revista Galileu (autora da matéria completa), Nicolai precisa muito do dinheiro, pois já foi obrigado a vender três apartamentos para pagar os honorários de seus advogados – vale lembrar que ele está na justiça há 14 anos – e sustentar sua família. Ainda não há previsão da decisão final da justiça.
Fonte: Revista Galileu
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