O calvário da Oi parece não ter fim e, agora, uma nova informação dá dimensão mais precisa da situação da companhia. Segundo lista apresentada à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a empresa tem um total de R$ 63,95 bilhões em dívidas com mais de 55 mil credores.
Em agosto de 2016, a versão anterior do documento apresentado pela empresa à Justiça trazia uma dívida de R$ 65,4 bilhões com 67 mil credores. Ao que tudo indica, a empresa quitou uma pequena parte de sua dívida, o que amenizou em bem pouco o valor total. Isso porque dos atuais 55 mil credores, apenas nove grupos concentram quase 90% do total.
Segundo informa o jornal Valor Econômico, as organizações norte-americanas Citicorp e Bank of New York Mellon somam juntas um bônus de R$ 32,33 bilhões junto à Oi. Entre os bancos, o Banco de Brasil é o maior credor, com R$ 3,93 bilhões a receber da operadora de telefonia. À Anatel, a empresa deve R$ 11,9 bilhões, valores referentes a multas aplicadas pela agência que ainda não foram quitadas.
Mais dívidas
Ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Oi deve R$ 3,326 bilhões. A “vantagem” aqui é que o banco de fomento é o único da lista com garantia real sobre o débito. Em relação às pendências trabalhistas, a Oi tem uma dívida de R$ 912,4 milhões.
Apesar de tantas dívidas, a Oi obteve na Justiça uma prorrogação de 180 para o início das execuções judiciais. Esse prazo pode ser reduzido caso a empresa realize uma assembleia geral entre os credores, algo que o presidente da companhia, Marco Schroder, espera organizar para o próximo mês de setembro.
Em março deste ano, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, já havia informado que o governo federal pode intervir na empresa por meio de uma medida provisória.
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