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Software

Comparação: suítes de aplicativos para escritório

O Baixaki colocou frente a frente as principais suítes da atualidade. Confira agora o resultado deste embate.

schedule11/11/2010, às 17:40

Suítes

Atualmente existem pelo menos quatro opções de qualidade para quem quer criar ou editar um texto, uma planilha de dados ou uma apresentação de slides: Microsoft Office, Google Docs, BrOffice e Apple iWork. De modo geral elas são semelhantes, porém, possuem algumas diferenças que podem ser levadas em conta quando se vai escolher uma ou outra.

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Os programas avaliados foram os editores de texto, editores de planilhas e editores de apresentação de slides de cada suíte. É claro que além das qualidades de cada pacote de aplicativos, existe também a preferência pessoal por este ou por aquele, então, para realizar esta comparação foram avaliados três quesitos: interface, usabilidade e ferramentas.

Uma análise geral foi feita da interface e da usabilidade de cada suíte. Outros dois quesitos foram mais específicos e avaliados individualmente para cada programa. Abaixo você confere o resultado.

Interface

Os aplicativos foram evoluindo com o tempo, porém, de modo geral, mantiveram um padrão quanto à interface. O primeiro a romper com isso foi o Microsoft Office 2007, inaugurando um esquema de abas para manter suas ferramentas mais acessíveis e de forma mais organizada. Além disso, reuniu em um único botão as funções de abrir, salvar e criar um novo arquivo.

Os demais pacotes mantiveram os menus organizados em botões tipo cascata com imagem ou texto, que expandem quando pressionados. Assim, a uma primeira olhada, apenas o Microsoft Office se diferencia dos demais. Tanto o BrOffice, quanto o Google Docs e o Apple iWork, têm um visual bastante semelhante.

Muita gente alega que as abas do Word (nas versões 2007 e 2010) permitem maior controle das informações, exibindo-as de maneira mais intuitiva para os usuários. Contudo, do outro lado da moeda estão os usuários que não viram vantagem alguma no novo modo de organização do programa e resolveram permanecer na versão 2003 ou então migrar para outra suíte.

Exemplo das interfaces

De cima para baixo: Microsoft Office, BrOffice, iWork, Google Docs.

Usabilidade

A usabilidade de cada programa está estreitamente ligada a sua interface: quanto mais intuitiva for, mais fácil de usar. Este ponto é, talvez, o “empate” entre os nossos quatro pacotes avaliados. Os recursos em todos os programas estão bem acessíveis, principalmente aqueles de uso mais corriqueiro.

O Google Docs, o BrOffice e o iWorks possuem os mesmos atalhos de teclado, itens que tornam ainda mais prático o uso dos programas (no iWorks, contudo, usa-se a tecla de Command do Mac ao invés do Ctrl). O Microsoft Office é capaz de realizar as mesmas funções de formatar texto, abrir novo arquivo, salvar etc., por meio de atalhos, porém, com algumas variações.

No que diz respeito à compatibilidade, os formatos da Microsoft (DOC, PPT e XLS) são compatíveis com todos os programas. O iWorks trabalha tanto com os formatos antigos do Office quanto com um formato próprio – Pages, Keynote ou Numbers, dependendo do arquivo.

O Google Docs suporta perfeitamente os formatos antigos e os novos do Microsoft Office. O BrOffice já suporta todos os formatos do Office, bem como o seu padrão, que é o ODF (OpenDocument Format). Neste caso, o BrOffice se mostrou claramente o mais amigável com os vários tipos de documentos.

Vale lembrar que de todas as suítes apresentadas aqui, o Google Docs e o BrOffice (OpenOffice) podem ser usados tanto no Windows, quanto no Mac e no Linux. O Microsoft Office possui versão para Windows e Mac. O iWork funciona somente no sistema da Apple. Além disso, o Docs permite a você acesso aos seus documentos em qualquer computador.

Ferramentas

Editores de texto

O Word é tido como o grande expoente dos editores de texto no mundo, o que não é à toa. A fama do programa foi conquistada devido a sua facilidade de uso e também à grande qualidade de suas ferramentas. Corretores gramatical e ortográfico são dois dos bons trunfos do programa ante seus concorrentes. Os demais contam apenas com corretor ortográfico.

O Writer (BrOffice) não fica atrás, e também tem suporte para cabeçalho, rodapé, paginação, tabelas, imagens e muito mais. O Google Docs é o mais simples no que diz respeito às variações de ferramentas, não fugindo muito do básico. Mas é possível elaborar nele trabalhos acadêmicos, com margem, paginação e tudo o que é exigido pelas normas.

O Pages, com seu modo de organizar que fica num meio termo entre o Writer e o Word, permite uma infinidade de configurações diferentes. Além disso, ele se diferencia de seus concorrentes por servir tanto para processamento de texto quanto para a criação de layouts de página, cartazes, jornais etc., funções semelhantes às do Microsoft Publisher. Essa é sua grande vantagem.

Editores de texto

Em cima: Pages e Word. Embaixo: Writter e Google Docs.

Editor de planilha

O Numbers, editor de planilha do iWork, possui um recurso que permite a mescla de células, criando grandes blocos dentro de uma planilha e dando mais controle ao usuário na hora de formatar o documento. Ele tem ainda a interface mais diferente entre os programas analisados, organizando as planilhas de um arquivo todas à esquerda.

O Google Docs tem excelente opção de criar formulários, algo que pode ser de extrema utilidade para realização de pesquisas personalizada. Além disso, ele reúne itens para a formatação do conteúdo das células, como tipo de dados, moeda e porcentagem, diretamente na barra de ferramentas.

O Calc, representante do BrOffice, suporta uma infinidade de formatos e apresentou inovações em sua última versão no que diz respeito ao controle das células. Ele também conta com atalhos para formatação das células diretamente na barra de ferramentas. Enfim, o programa apresenta melhoras a cada atualização.

O Excel é o clássico da criação de planilhas e apresenta as “armas” que todos conhecem. Ele é capaz de trabalhar em conjunto com outros aplicativos – como arquivos do Microsoft Access, documentos de texto e até a internet – para obter dados para suas planilhas. A guia específica para a criação de fórmulas simplificou este recurso.

Algo é comum a todos os programas: o suporte a fórmulas matemáticas, das mais simples às mais complexas. E em ambos os programas este recurso, o grande destaque deste tipo de software, é organizado separadamente e recebe um tratamento bastante especial.

Apresentação de slides

O mais pobre de todos os editores de apresentação de slides é o Google Docs. Ele conta com poucas opções para a personalização dos documentos, não tem suporte a temas e permite apenas a inclusão de imagens como plano de fundo de cada slide. Uma de suas vantagens é a integração com serviços de busca de vídeos e imagens da Google para serem usados nas apresentações.

O PowerPoint, em suas duas últimas versões, deu um enorme salto de qualidade no aspecto visual, algo essencial para a criação de slides. Ele se rendeu a belos temas e efeitos de transição, permitindo que por meio deles sejam criadas apresentações de slides profissionais, sem que isso dê muito trabalho.

O Impress (BrOffice) é muito semelhante ao que foi o PowerPoint até a sua versão 2003. Tanto na interface quanto nos recursos, o programa ainda trabalha com temas de baixa qualidade. Contudo, ele permite a criação de slides personalizados, permite a inserção de comentários no texto e ganhou um contador de páginas em sua última versão.

Apesar da grande melhora do PowerPoint, não há como bater o Keynote (representante do iWork) no quesito beleza e qualidade das apresentações. Ele conta com dezenas de modelos belíssimos e com todo o apelo visual que qualquer aplicativo da Apple possui. Com um pouco de criatividade é possível fazer maravilhas com este excelente programa.

Quando o assunto é design, quase ninguém bate a Apple

Quanto o assunto é design, quase ninguém bate a Apple!

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Enfim, aí está a nossa colaboração para você que deseja saber um pouco mais entre as semelhanças e diferenças. É importante ressaltar que o objetivo desta comparação não foi dizer que este ou aquele é melhor ou pior, mas apenas mostrar que todos possuem vantagens e desvantagens.