Mesmo que a tecnologia de realidade virtual ainda não esteja tão propagada na sociedade quanto nós – ou alguns filmes hollywoodianos – gostaríamos, é inegável que, ano após ano, essa ferramenta ganha novas possibilidades. Uma parceira da Oculus VR com uma equipe de pesquisadores da University of Southern California, por exemplo, indica que um novo método de monitoramento facial pode criar avatares cada vez mais parecidos conosco e, o melhor: capazes de reproduzir nossas expressões – e emoções – no ambiente virtual.
A primeira barreira para o time de desenvolvimento foi o fato de que, ao usar o Oculus Rift, grande parte do rosto do usuário fica coberto pelo dispositivo, dificultando uma análise completa de sua movimentação e fazendo com que seja complicado detectar pequenas nuances na região dos olhos e das bochechas. Para contornar isso, a equipe aliou uma câmera posicionada em uma haste na parte de fora do aparelho – para monitorar a porção exposta – com sensores colocados na espuma do periférico que fica em contato com a pele.
Esse conjunto, como é possível conferir no vídeo no começo da matéria, faz um belo trabalho de compilar as informações, traduzi-las e reproduzir cada detalhe facial em tempo real através de avatares bem simpáticos e cheios de personalidade. Se o usuário se prontificar a fazer uma calibração inicial do kit, escaneando toda sua face antes de vestir o Oculus, a tecnologia exibe particularidades ainda mais interessantes, como a possibilidade de corrigir automaticamente o movimento da cabeça da pessoa sem afetar o avatar.
Diversos estágios da captura e do processamento para que se chegue ao resultado mais fiel de reprodução facial.
Segundo Hao Li, líder do projeto, a ferramenta possibilita tornar as interações virtuais ainda mais naturais, principalmente quando comparada a conversas via texto ou através de personagens com expressões pré-programadas – como nos jogos atuais. A notícia triste é que essa funcionalidade não faz parte do desenvolvimento oficial do Oculus Rift, uma vez que a companhia pertencente ao conglomerado do Facebook só engatou a parceria para conferir o que poderia ser feito com o produto.
De qualquer maneira, é difícil achar que isso vai ser completamente descartado ou que outras empresas não vão se inspirar pelo recurso para criar algo semelhante ou ainda mais preciso no futuro. Você acha que a tecnologia vai ajudar nas comunicações via internet ou vai atrapalhar quem prefere esconder um pouco seus sentimentos reais na hora do bate-papo? Deixe seu comentário mais abaixo.
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