Nokia Asha: a aposta da Nokia pra voltar ao topo. (Fonte da imagem: Divulgação/Nokia)
Por anos e anos, a finlandesa Nokia foi a grande empresa do mundo dos telefones portáteis. Os aparelhos celulares produzidos por ela estão até hoje na memória de muita gente e é provável que qualquer um que leia este texto já tenha tido ao menos um celular da Nokia.
Mas, após perder o posto de maior fabricante de telefones móveis do mundo, a Nokia tem trabalhado firme para pelo menos não se distanciar da nova líder do segmento, a Samsung. Desde outubro de 2011, a companhia europeia tem no mercado duas linhas principais de aparelhos: Asha e Lumia, esta uma parceria com a Microsoft.
O foco dos Asha é o preço mais baixo. Os modelos dessa linha não são smartphones de fato, mas trazem funções avançadas em relação a outros celulares convencionais. Ao todo, a família já conta com 16 modelos, com o último deles lançado em maio deste ano. Até ele, os aparelhos embarcavam o sistema operacional proprietário Series 40, que foi substituído pela plataforma Nokia Asha, também desenvolvida pela Nokia.
Aparelhos mais em conta
Para enfrentar os grandes nomes do mercado de smartphones, a Nokia e a Microsoft lançaram a linha Lumia, aparelhos que vão de nível médio a top de linha e trazem o Windows Phone como sistema operacional. Sabendo da existência de milhões de pessoas a fim de soluções inteligentes no celular, mas pouco dispostas a desembolsar grandes quantias por um smartphone, a Nokia investiu na linha Asha.
Os primeiros modelos da série foram lançados em 26 de outubro de 2011: Asha 200, Asha 201, Asha 300 e Asha 303. Os modelos 200 e 201 se diferenciavam entre si basicamente pelo suporte a dois chips apresentado pelo segundo. Ambos traziam teclado Qwerty físico, ou seja, eram aparelhos ao estilo BlackBerry.
Nokia Asha 200. (Fonte da imagem: Reprodução/Nokia)
Eles eram modelos de entrada, enquanto as versões 300 e 303 eram indicadas a quem buscava aparelhos intermediários. O membro caçula da família Asha, o Asha 501, surpreendeu a todos mais pelo preço do que por qualquer outra coisa: apenas US$ 99 (algo em torno de R$ 200). Em uma pesquisa em sites de comparação de preço, o preço dos modelos Asha por aqui variam entre R$ 200 e R$ 500.
Plataforma Nokia Asha
Por muito tempo, o sistema operacional dos smartphones da Nokia foi o Symbian. Com a adesão do Windows Phone, ele foi deixado de lado até que a companhia apresentou seu substituto, o S40 (Series 40), presente em 15 dos 16 aparelhos lançados até agora na linha Asha.
O último modelo da família trouxe uma grande novidade: a plataforma Nokia Asha, novo sistema proprietário da Nokia. O SO é baseado no software Smarterphone, desenvolvido originalmente pela norueguesa Kvaleberg AS e recentemente adquirido pela Nokia.
Nokia 501. (Fonte da imagem: Divulgação/Nokia)
Visualmente, ele guarda bastante semelhança com o MeeGo, sistema operacional open source baseado no Linux e desenvolvido em parceria entre Nokia e Intel, que vigorou apenas entre 2010 e 2012. A criação da plataforma Asha se deu basicamente pela impossibilidade da Nokia de lançar aparelhos de baixo custo com Windows Phone, por questões contratuais com a Microsoft.
A plataforma Asha usa dois padrões de desenvolvimento bastante conhecidos: Java ME e tecnologia web. Enquanto a primeira é ideal para aplicativos e jogos, a segunda garante mais agilidade para a entrega de conteúdo online para o usuário. Assim, a Nokia pretende oferecer um serviço que englobe as necessidades básicas de quem usa um smartphone.
Ovi: a loja de aplicativos da Nokia
Já em seu lançamento, a Nokia garantia que aplicativos conceituados estavam disponíveis ou em fase de desenvolvimento para o sistema, como Twitter, Facebook, Whatsapp e eBuddy. Acessando a Ovi, a loja online de aplicativos da companhia, é possível ter acesso a um grande número de apps para compra e download.
Xpress Browser
Um destaque interessante dos aparelhos da linha Asha é o Xpress Browser, navegador próprio da Nokia. Ele vem com um sistema inteligente para compressão de dados, o que permite menor consumo de banda e de energia do aparelho.
Xpress Browser. (Fonte da imagem: Divulgação/Nokia)
O Xpress Browser trabalha com um sistema que armazena dados de navegação na web, evitando juntar “sujeiras” na memória do aparelho. Assim, ele comprime dados em até 90% sem comprometer a qualidade do conteúdo exibido.
Simplicidade é o lema
Olhando de forma panorâmica para os aparelhos da linha Asha, a noção que se tem é exatamente a de uma linha intermediária, que não quer competir com as grandes, mas não quer deixar na mão quem não pode (ou simplesmente não quer) um aparelho repleto de funcionalidades. Se a estratégia vai dar certo, aí já é tópico para outra conversa.
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