(Fonte da imagem: Reprodução/TheVerge)
Os balanços financeiros recentes da Nokia certamente não são dos mais animadores. De fato, para se reerguer, a gigante finlandesa tem lançado mão de diversas manobras, incluindo alterações de cúpula, demissões e realocações de linhas de montagem. Recentemente, a companhia cogitou também vender a sua sede em Espoo (Finlândia).
Trata-se de um novo esforço para levantar fundos com a venda do que são considerados ativos não essenciais. “Nós estamos considerando diferentes opções para partes não vitais, tais como construções físicas, e isso inclui as sedes”, disse um porta-voz da Nokia à agência Reuters.
Mas a empresa faz questão de frisar: a opção de vender teve como origem apenas um “senso comum de negócios”. Em entrevista ao site Slashgear, o diretor de mídias sociais, Mark Squires, afirmou que, da mesma forma que ocorre com qualquer negócio em que o foco não está em instalações físicas, faz mais sentido se focar apenas em operações vitais.
Além disso, “alienar um imóvel não tem nada a ver com a localização de uma sede”, disse Squires. “Como nós dissemos inúmeras vezes antes, nós não temos planos de deixar a nossa central.” O comentário com certeza ecoa o do vice-presidente executivo da companhia, Timo Ihamuotila. Em entrevista ao site The Verge, Ihamoutila disse que a Nokia “não possui planos de se mudar da sua sede” — deixando no ar, ainda, que o prédio pode ser readquirido posteriormente.
Venda do QG deve cobrir um quarto dos prejuízos recentes
(Fonte da imagem: Divulgação/Nokia)
A Nokia havia anunciado há algum tempo planos para otimizar diversas funções produtivas, o que inclui o fechamento da fábrica em Salo (Finlândia). De fato, a despeito dos comentários oficiais da empresa, é fato que os 250 milhões de euros (aproximadamente 650 milhões de reais) obtidos com a venda das instalações em Espoo representam algo próximo de um quarto das perdas da empresa durante o segundo trimestre do atual ano fiscal.
Tendo em vista, por fim, que a empresa anda com cada vez mais dificuldade para conseguir crédito, a venda do seu quartel general parece tangenciar algo além do “senso comum de negócios”. De qualquer forma, a Nokia espera ganhar algum terreno com as suas novas apostas para o Windows Phone antes que qualquer medida mais drástica precise ser tomada.
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