Ao que tudo indica, o Crunchyroll não é o único serviço de streaming que quer trazer o mercado de animes para o resto do mundo. Em uma conversa durante uma das conferências do jornal The New York Times, ninguém menos do que Reed Hastings, CEO do Netflix, afirmou ter esperanças de que sua famosa empresa possa eventualmente produzir shows de anime.
Embora para alguns isso possa ser um tanto surpreendente, quem é otaku provavelmente já sabe que o Netflix já fez uma investida dessas – no caso, trazendo a série Knights of Sidonia ao ocidente. De fato, o gênero é tão procurado que possui uma categoria própria no serviço, mesmo que, por aqui, a presença dos animes seja uma fração do que pode ser encontrado na versão norte-americana do Netflix.
Vale notar que os animes não foram os únicos citados, aliás: até mesmo galhofagens como os filmes de Bollywood são consideradas pela empresa. Segundo Hastings, a ideia para a companhia é produzir cada vez mais conteúdo único, que não esteja disponível em outros meios de mídia tradicionais.
Como exemplo para isso, ele cita a própria série Narcos. Afinal, ela é feita em conjunto de uma companhia francesa e ambientada em locais como Bogotá e Colômbia, mas é dirigida por um brasileiros e com atores do Brasil.
O que importa é ser de qualidade
No fim das contas, para ele, tudo é uma questão de oferecer material de qualidade, independente do gênero ou da quantidade de conteúdo. “Nós temos muitas escolhas, mas se você criar bons conteúdos, você vai achar bons espectadores”, disse ele a Matt Blank, CEO da Showtime, durante a conferência.
Hastings ainda continua: “Você vai além do espectro normal para conseguir qualidade e você realmente se esforça para as coisas que você pode fazer. O on-demand e a internet realmente dá a você esse poder. Quando você tem uma distribuição incrível, então você tem que abrir a ponta do funil para ter produtores incríveis ao redor do mundo”.
“Nós estamos esperançosos que nós, com o tempo, façamos grandes shows de Bollywood, fazer um grande show de anime. Pode ser que aquele show de Bollywood não seja para Matt Blank. Pode ser que ele seja mais segmentado, mas novamente, a internet deixa você fazer isso. Eu acho que essa é a chave nessa capacitação.”
Mesmo entre tantas afirmações positivas, Hastings ainda admite que essa é uma empreitada que certamente terá seus problemas. “Fazer esses shows é muito desafiador e tenho certeza de que vamos encontrar problemas, com o tempo”, disse ele.
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