Você deve saber que o Netflix tem acesso a tudo o que você assiste nos servidores deles. Afinal de contas, é assim que as listas de sugestões são criadas, e dessa forma você sempre terá os conteúdos mais indicados para o seu perfil de conteúdo multimídia. O que você talvez não saiba é que o Netflix não usa esses dados para criar anúncios direcionados — é um modelo de negócios diferente do que estamos acostumados.
Isso porque uma nova informação que envolve o Netflix e o monitoramento de dados vem criando polêmica. De acordo com o The Wall Street Journal, o instituto de pesquisas Nielsen estaria fazendo um monitoramento de tudo o que os espectadores norte-americanos assistem nos serviços de streaming — mercado em que o Netflix é líder atualmente.
Esse monitoramente estaria sendo realizado sem a autorização do Netflix, mas em uma cooperação entre o Nielsen e estúdios norte-americanos. E você consegue imaginar quais são os motivos pelos quais essa parceria foi criada e vem sendo utilizada ao longo do último ano?
Por que monitorar?
De acordo com o The Wall Street Journal, o objetivo dos estúdios está em saber o quanto cada filme ou série estaria gerando de acessos. Com essa informação, os criadores de conteúdo poderiam fazer exigências maiores para o Netflix — e é claro que estamos falando sobre exigências financeiras, uma vez que os estúdios vêm perdendo muito mercado para os serviços de streaming.
Até o momento, os executivos do Netflix não se manifestaram a respeito da polêmica, mas é bem evidente que eles não planejam mudar o modelo de ação em um futuro próximo. Por outro lado, com as informações da Nielsen, é possível que o serviço de streaming seja obrigado a divulgar dados mais concretos do que o número de assinantes.
O que fica no ar também é a polêmica em relação à invasão de privacidade. Até que ponto a Nielsen pode rastrear o uso do Netflix pelos seus usuários? Será que as informações acessadas são superficiais?
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