Netflix anunciou o adiamento de um programa especial dedicado aos 77 anos do ator Bill Cosby, acusado recentemente de abuso sexual e estupro. Segundo a revista People, no especial o veterano comediante contaria piadas sobre sua infância, seus primeiros amores e seu papel de pai.
Cosby ganhou as manchetes de jornais no sábado passado, quando balançou a cabeça, em silêncio, ao ser indagado se gostaria de comentar as acusações de estupro e abuso sexual apresentadas contra ele nas últimas semanas durante uma entrevista à National Public Radio.
Em um comunicado publicado no site do comediante na internet, o advogado John P. Schmitt anunciou, no dia seguinte, que Cosby não faria comentários sobre a onda de acusações feitas contra ele. "Ao longo das últimas semanas, afirmações duvidosas, de uma década atrás, contra o senhor Cosby voltaram à tona", destacou o advogado em nota.
Famoso por interpretar o patriarca de uma família de classe média afro-americana no longevo seriado "The Cosby Show", exibido na emissora NBC entre 1984 e 1992, Cosby está no olho do furacão desde que o comediante Hannibal Buress o chamou de "estuprador" durante um show de "stand-up" mês passado na Filadélfia.
Uma aparição prevista de Cosby no programa "Late Show with David Letterman" foi misteriosamente cancelada e o artista se viu confrontado com uma série de acusações.
Na semana passada, o jornal The Washington Post, publicou um relato detalhado da atriz Barbara Bowman sobre os supostos abusos que ela teria sofrido nas mãos de Cosby em 1985, quando ainda era uma adolescente. Bowman insistiu que nunca pediu ou recebeu dinheiro de Cosby. Ela tinha se oferecido para testemunhar em uma ação civil iniciada por uma mulher, que acusou Cosby de atacá-la sexualmente, e que acabou sendo negociada em 2006.
Segundo notícias publicadas nos Estados Unidos, no total, 13 mulheres que fizeram acusações similares contra o comediante também teriam se oferecido a testemunhar no caso.
Los Angeles - Estados Unidos
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