CEO da Netflix quer cancelar mais séries no futuro — e explica o porquê

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Os fãs de séries ainda estão em choque. Na última quinta-feira (1º), a Netflix anunciou o cancelamento de "Sense8" após a segunda temporada, para a surpresa de quem era fã ou detestava a criação original.

E, segundo o CEO da Netflix, Reed Hastings, podemos esperar mais atitudes assim no futuro. Em uma entrevista para a CNBC (que aconteceu um dia antes da notícia sobre "Sense8"), o executivo comentou que o serviço de streaming deve se arriscar mais no futuro e, com isso, cancelar o que não der retorno.

"A nossa taxa de acerto está muito alta atualmente. Nós cancelamos muito poucas séries. Estou sempre provocando o time de conteúdo dizendo que temos que nos arriscar mais, temos que tentar mais coisas malucas. Porque nós deveríamos ter uma taxa média de cancelamentos mais alta", explica.

O cancelamento de "Sense8" pode ter a ver com baixas visualizações da segunda temporada.

O que Hastings quer dizer é que a Netflix estava "jogando muito seguro" atualmente, apesar de ter criado franquias de sucesso no streaming. Para ele, essa nova estratégia dará vida a séries como "13 Reasons Why", que foi uma surpresa até para a empresa. "Ela nos pegou desprevenidos. É uma série incrível, mas não percebemos quanto ela pegaria", diz.

Recentemente, a Netflix começou a sua primeira onda de cancelamentos: além de "Sense8", foram arquivadas as séries "Bloodline" (três temporadas), "Marco Polo" (duas temporadas) e "The Get Down" (uma temporada). Ela vai investir nada menos que US$ 6 bilhões (cerca de R$ 19 bilhões) só em 2017, com a produção ou compra de direitos de distribuição de conteúdos que levam o selo de material original da marca.

Deixa o CEO falar

Separamos mais alguns trechos da fala de Reed Hastings sobre o mercado do streaming e a situação atual da Netflix.

Quando uma série é cancelada?

"Você pode dizer quando nós cancelamos uma série. É uma mistura de quanto e como as pessoas assistem e a taxa de crescimento de assinantes. Na maioria, é a quantidade de gente vendo. Mas tudo isso está bem conectado".

Audiência e dinheiro

"Nós não precisamos lançar os dados de audiência. Cada série tem o seu próprio público porque tudo é muito personalizado".

"The Get Down" só durou uma temporada

A nova concorrência

"A Amazon, nós, o Hulu e outros players internacionais, como Sky e Gleam, estão investindo em conteúdo original. As pessoas querem o "on demand". Elas querem ser capazes de controlar quando e como assistir. Assim, estamos desenvolvendo toda uma indústria. É uma mistura de "sim, é uma competição que dói" e, por outro lado, está fazendo as exibições pela internet mais populares entre todos".

Força ao redor do mundo

"Ainda temos muito a aprender. Agora, nos demos incrivelmente bem na América Latina e Europa e, claro, na América do Norte. Então, nós aprendemos algumas coisas. Mas ainda temos muito espaço para crescer na Ásia e muitas coisas a serem descobertas".

Fontes

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