Você costuma dar uma olhadinha na avaliação por estrelas antes de escolher o que pretende assistir na Netflix? Pois bem, isso deve desaparecer em breve. O serviço de streaming optou por um modelo mais utilizado pelos usuários, os polegares para cima e baixo, conhecidos mundialmente como “thumbs up/down”.
Mudanças ainda não aconteceram e por enquanto não há previsão de quando devem ocorrer
“Estamos viciados na metodologia de testes de A/B”, animou-se o vice-presidente de produtos Todd Yellin, ao apresentar a novidade em coletiva de imprensa realizada no quartel general da empresa, em Los Gatos, na Califórnia. De acordo com o executivo, em 2016 foram realizados testes com milhares de pessoas e o novo esquema teve mais de 200% de adesão em relação ao sistema atual.
Ainda que não fiquem visíveis, os metadados coletados com a opinião dos assinantes continuarão sendo utilizadas para personalizar a grade de cada perfil. Por enquanto, as mudanças não aconteceram e a companhia não disse exatamente quando vão ocorrer.
Confiança na opinião pública
Além da mudança de avaliação por estrelas, a Netflix traz agora porcentagens para recomendar os shows. Por exemplo, se uma atração tiver alto grau de correspondência com o que você gosta, é possível que um filme ou seriado estejam 98% combinando com o seu perfil. Tudo o que tiver menos de 50% nem mesmo exibirá essa classificação.
Nova classificação terá também a porcentagem do quanto uma atração pode combinar com o seu perfil
Yellin afirmou que tudo isso demonstra a confiança que a companhia tem na opinião de seu público no que diz respeito à programação, já que essas relações são todas baseadas na planilha que os próprios fãs preenchem ao avaliar as atrações.
Estrelas nem sempre significam audiência
As alterações na classificação são baseadas em uma análise sobre os números: em certo momento, havia 10 bilhões de classificações máxima e mais de 50% do público tinha avaliado 50 títulos ou acima. Só que ao longo do tempo a companhia notou que as opiniões com as estrelas em destaque muitas vezes eram menos relevantes do que outros sinais.
Muitos assinantes dão cinco estrelas para um documentário e três para um filme considerado “bobo” e, no final, acabam assistindo ao segundo com mais frequência do que ao primeiro, que teoricamente teria um “valor mais alto”. “Deixamos as avaliações menos importantes porque os sinais implícitos de comportamento são mais importantes”, complementou Yellin.
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