Recentemente, o diretor do Firefox, Mike Beltzner, divulgou informações detalhadas sobre os planos de desenvolvimento do Firefox 4. Segundo ele, a missão do projeto é deixar o navegador muito mais rápido, simples e poderoso. Para isso a equipe pretende oferecer meios para o usuário criar seu próprio conteúdo online e aumentar o controle dele sobre seus sites prediletos.
A versão final do navegador será lançada por volta de novembro de 2010, mas o primeiro beta estará disponível no final de junho. Para que haja uma boa resposta do público-alvo, a Mozilla pretende lançar atualizações que variem entre 14 e 21 dias. De qualquer forma, além do novo visual – que o deixou muito mais parecido com o Chrome –, outra ênfase de desenvolvimento está na velocidade.
Projetos como o JägerMonkey formarão a base para deixar a raposa mais rápida. Porém, não só a estrutura interna será alterada para ganho de velocidade, mas também a interface visível pelo usuário mudará para que seja ainda mais fácil usar o navegador – o que faz você ter a impressão de velocidade. Além disso, haverá suporte para multitoque e navegação por gestos, para a tecnologia Aero Peek do Windows 7 e versões 64-bit dele para OSX e Windows 7.
A nova interface traz as abas para o topo da janela (igual ao Opera ou Chrome) e permite que o usuário use a Barra de endereços para mudar qual delas é visualizada (quando você digita algo, além das páginas do histórico, aparecem as abas abertas). Janelas modais também serão removidas e virarão balões de aviso (para não impedir você de usar o navegador enquanto não clicar em “OK”) e, também, vários comandos mudarão de lugar para liberar espaço na janela do navegador.
Há também a intenção de criar uma maneira de organizar as informações pessoais do usuário (Gerenciador de contas e perfis) de modo que ele não precise informá-las sempre a um mesmo site, ou a mesma informação em sites diferentes (a ideia é fazer cadastros em sites num só clique).
Outro ponto interessante da nova versão é que agora as atualizações serão feitas em segundo plano, não será mais preciso reiniciá-lo ao instalar extensões, e elas rodarão em processos separados (evitando que o Firefox inteiro feche caso uma delas trave).
Além disso, o suporte nativo do navegador para multimídia terá muito mais qualidade. Pois além de inserir várias funções de HTML5 e CSS3, haverá suporte para 3D, animações de API (e suporte para tela cheia), desenho em 2D mais rápido e uma ferramenta de diagnóstico de memória (“about:memory”).
A próxima atualização do programa estava programada para receber o número 3.7, porém será batizada de 3.6.4 – deixando para mudar radicalmente de número somente na quarta versão. Com a versão beta virá também o Firefox Sync, ferramenta de backup e compartilhamento de informações (favoritos e logins).
O novo design trará consigo mais segurança e estabilidade, além de mais velocidade na hora de fechar ou abrir o navegador. Para acessar páginas seguras será usado o CSP, assim como ForceTL5 e PAKE para realizar logins autenticados. As extensões também receberão mudanças visuais, pois será mais fácil encontrar as mais relevantes e usá-las depois de instaladas (novo Gerenciador de Complementos).
Por fim, também haverá compatibilidade com Firebug, será usado Direct2D para aceleração de hardware e JavaScript e DOM, “Document Object Model” (Modelo de Objetos de Documentos) – responsável pela interação com HTML, XML e XHTML – ficarão mais rápidos. Finalmente, o botão “Home” (Página inicial) será substituído por uma aba fixa à esquerda da janela (nela, poderão ser colocados aplicativos da web específicos, como Twitter e Gmail).
Apesar da grande quantidade de novidades, Mike Beltzner deixou claro que a implementação de todas é apenas uma expectativa e que a lista de atualizações foi revelada para ser possível um feedback mais rápido por parte dos usuários. Portanto, muitas poderão sofrer alteração de cronograma e serem implementadas somente em outra oportunidade.
Quais as novidades que você achou mais interessantes? Será que o Firefox conseguirá ficar mais rápido do que o Chrome ou o Safari? Esperemos para ver, mas, enquanto isso, deixe sua opinião sobre estas novidades!
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