Estudantes em experimento na gravidade zero (Fonte da imagem: NASA)
Imagine andar e, com a energia gasta durante o movimento, alimentar a bateria do telefone celular? É isso que três estudantes universitárias, em parceria com a NASA, estão tentando desenvolver.
A agência espacial dos Estados Unidos possui um programa chamado “Motivating Undergraduates in Science and Technology” (MUST), que visa aumentar o interesse de estudantes universitários em temas relacionados à ciência e tecnologia.
Durante a iniciativa, Hannah Clevenson, Olivia Lenz e Tanya Miracle realizaram experimentos em baixas gravidades, percebendo que os nanofios de óxido de zinco, produzidos nessas condições, são capazes de se tornarem longos e mais lisos, portanto, mais poderosos.
Energia do movimento em baterias
Isso quer dizer que os nanofios criados na microgravidade, em relação aos fabricados em laboratório, viram baterias com maior capacidade, usadas na fabricação de roupas espaciais “autossuficientes”.
Criação dos nanofios (Fonte da imagem: NASA)
Todo o movimento realizado pelo corpo é convertido em energia, que é armazenada nos fios e usada para os mais diversos fins, desde iluminação no espaço sideral até mesmo para carregar o celular do seu bolso. Clevenson afirma que o óxido de zinco (ZnO) é barato e possui propriedades pizoelétricas e que, quando o material elétrico sofre atrito, uma diferença de voltagem é criada para armazenar a energia gasta durante a rotina diária.
A ideia é que o material seja usado como backup extra para robôs e astronautas em missões interplanetárias, portanto, interessante para a NASA. Lenz complementa: “As pessoas estão desperdiçando energia o tempo todo ao andar ou mover os braços. Você não pode prevenir essa perda, entretanto, é possível capturá-la e, então carregar o conteúdo em uma pequena bateria”.
O projeto ainda não está em produção para o público final, já que é preciso maiores pesquisas para que os nanofios sejam viáveis para diversos usos. Mas o óxido de zinco é capaz de reter mais de dez vezes a carga do lítio usado em baterias, ou seja, o projeto parece um tanto quanto promissor.
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