O telescópio espacial Hubble registrou novas imagens a cerca da superfície de Júpiter e a Agência Espacial Norte-Americana (NASA, na sigla em inglês) produziu um vídeo em 4K para mostrar em detalhes as mudanças do maior planeta do Sistema Solar. Você pode conferir no material acima a rotação completa do gigante gasoso.
Todos os anos os mapas dos planetas que giram em torno do Sol são atualizados, e, de acordo com os cientistas que estudam as alterações na atmosfera de Júpiter, a famosa Grande Mancha Vermelha diminuiu cerca de 240 km de 2014 para cá. Caso você nunca tenha ouvido falar, trata-se de um colossal anticiclone – tem esse nome por girar em sentido anti-horário –, de forma oval, com ventos soprando a mais de 600 km/h e que já foi grande o suficiente para conter duas vezes o tamanho da Terra em seu interior.
Como ela pode ser observada com telescópios comuns, há citações a respeito dela desde 1665. Em 1880 ela possuía cerca de 40 mil quilômetros de comprimento e registros feitos periodicamente revelam que a cada ano o anticiclone vem diminuindo e se tornando cada vez mais circular. No interior da Grande Mancha, que atualmente está mais laranja do que vermelha, foi notado um padrão filamentar único que nunca havia sido visto antes, segundo os astrônomos da NASA.
As setas na imagem indicam diversos ciclones, enquanto as linhas verticais apontam as correntes baroclínicas na atmosfera de Júpiter - Imagem: NASA
Outro ponto interessante foi o raro registro de um tipo de corrente atmosférica na superfície de Júpiter, que só havia sido captado durante a passagem da nave Voyager 2 pelo planeta em 1979. Esse fenômeno, chamado corrente baroclínica, foi visto em uma área repleta de ciclones e anticiclones acima da linha equatorial do corpo celeste. Essas correntes também podem ser vistas na Terra, próximas a locais onde surgem ciclones.
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