(Fonte da imagem: NASA/Divulgação)
Reuters. Por Irene Klotz - O último ônibus espacial dos EUA partiu na terça-feira da Estação Espacial Internacional, encerrando 12 anos de contribuição à construção e manutenção do complexo orbital, no que será o maior legado da frota de naves da Nasa.
O comandante do Atlantis, Chris Ferguson, e o piloto Doug Hurley zarparam às 3h28 (hora de Brasília), usando sutis impulsos dos jatos da nave, que pairava naquele instante sobre o oceano Pacífico, a 400 quilômetros de altitude.
"Muito obrigado por nos receberem", disse Ferguson por rádio a tripulação da estação. "Foi um absoluto prazer."
"Vamos sentir a falta de vocês, rapazes", respondeu Ron Garan, engenheiro de voo da Estação. "Vemos vocês na Terra."
Os controladores de voo no Centro de Controle da Missão assistiram à manobra sentados, em reverente silêncio. Das 135 missões dos ônibus espaciais, 37 se destinaram à Estação, um projeto conjunto de 16 países, que custou 100 bilhões de dólares.
Durante seus nove dias de visita à Estação, Ferguson e seus colegas entregaram mais de 5 toneladas de alimentos, roupas, equipamentos e experiências científicas - uma carga reforçada, porque os EUA talvez levem até um ano para retomar voos de carga para a Estação, com novas naves cargueiras que foram encomendadas a empresas privadas. Enquanto isso, a Estação será atendida por naves russas, europeias e japonesas.
Empresas como Boeing, Space Exploration Technologies e Sierra Nevada Corp. estão desenvolvendo novas naves de passageiros para os EUA, mas não há previsão de que elas fiquem prontas antes de 2015.
O primeiro "táxi espacial" dos EUA que chegar à Estação irá regressar com um prêmio. Numa emotiva cerimônia de despedida na segunda-feira, Ferguson deu de presente à tripulação da estação uma bandeirinha norte-americana que esteve no primeiro voo dos ônibus espaciais, o Columbia, em abril de 1981.
A bandeira foi pendurada num compartimento desativado do complexo orbital, e está prometida para a primeira empresa norte-americana que levar astronautas até lá.
Depois, a Nasa pretende que a bandeira siga a bordo da primeira das naves que estão sendo projetadas para levar astronautas a asteroides, à Lua e a outros destinos mais distantes que a Estação, aonde os ônibus não tinham capacidade para chegar.
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