Se você sempre se perguntava: “Como raios funciona um mouse?”, hoje ficará sabendo, pois o presente artigo foi escrito com essa finalidade!
O artigo vai funcionar assim: primeiramente daremos um panorama geral, no qual será falado sobre os diferentes tipos de mouse, em seguida, cada tecnologia será comentada com um pouco mais de profundidade e, por último, comentaremos sobre o provável destino dos mouses como o conhecemos hoje.
Os tipos de mouse
Por “tipo” pode-se entender muita coisa, principalmente em se tratando de mouses, mas, apesar disso, podemos funilá-los em: tecnologia, tamanho e funcionalidade.
Tecnologias
As tecnologias usadas atualmente não são tantas (haja vista que o mouse começou a ser usado em 1984), mas estão dando conta do recado. O primeiro mouse a surgir foi o de “bolinha”, o qual dominou o mercado até 1999, quando foi lançado o mouse óptico. Depois disso alguém pensou: “Por que os mouses ainda têm fio?”, e então, apareceram os mouses sem fio, os quais parecem só agora estar se tornando populares.
Tamanho
Talvez você já tenha reparado, talvez não, mas existem diferentes tamanhos de mouse. Não existe muita diferença em questões de funcionalidade entre eles, somente em questão de conforto, ou seja, escolha um mouse que facilite sua vida ao invés de complicá-la. Por exemplo, talvez compense mais você usar um mouse pequenino junto a um notebook, por questão de espaço, mas nada lhe impede de usar um mouse maior que a sua mão!
Outro fator que influencia o tamanho de um mouse são as suas funcionalidades, pois quanto mais botões um mouse tiver, maior ele deverá ser para comportar a todos eles. Veja um pouco mais sobre funcionalidades a seguir.
Funcionalidade
Aqui o que conta é a praticidade. Em geral, o que é considerado aqui como “funcionalidade” são os botões além do esquerdo e direito que servem para algo, como por exemplo, a “rodinha” do mouse.
Além desse último exemplo, existem diversas outras funções/botões: abrir o navegador, avançar/voltar em uma página, ir para o final/início da página, botões de mídia (pausar, iniciar, etc.) e, até mesmo uma versão melhorada da “rodinha” que permite a você mover as páginas também horizontalmente, mouses com leitor de impressões digitais que podem ser usados somente por quem tiver a impressão digital registrada, entre diversas outras.
Como funciona?
Esta é a parte na qual você ficará sabendo como funcionam os mouses! Veja a seguir:
“Bolinha”
Junto à bolinha existem duas pequenas rodas, as quais estão conectadas cada qual a um eixo. Na outra ponta desses eixos existem rodas maiores e cheias de furos nas bordas. Além disso, ainda existem dois LEDs (“Light-Emitting Diode”, ou diodo emissor de luz) infravermelhos e dois sensores infravermelhos. Ao lado de cada uma das “rodas com furos” existe um par LED/sensor, o qual capta os movimentos realizados pela “roda com furos”.
Em suma, você move o mouse, a bolinha move uma roda, a qual move o eixo, que gira uma das “rodas com furos”, então, o sensor infravermelho percebe a interrupção do recebimento das luzes do LED infravermelho e interpreta isso como um movimento vertical ou horizontal, dependendo de qual dos dois sensores foi movido.
Óptico
De modo geral, mouses ópticos utilizam um par LED/fotodíodo (conversor de luz em corrente elétrica) para captar o movimento ocorrido na superfície abaixo do mouse, ao contrário do mouse de “bolinha” que precisa mover partes internas para captar o movimento. Em termos simples, é como se ao invés de o par LED/(foto)díodo captar o movimento do giro de uma roda, ele tivesse sido movido dentro do periférico de maneira tal que passou a captar o movimento da superfície abaixo do mouse.
A sensibilidade de um mouse óptico depende da qualidade do chip de processamento de imagens contido nele, assim como também depende do tipo de luz emitida. Confira adiante alguns tipos diferentes de mouse óptico.
Mouse óptico infravermelho
Alguns mouses modernos contêm um sensor de infravermelho ao invés de um LED. Tal troca faz com que ele seja mais preciso em seus movimentos e que ele gaste menos energia.
Mouse Laser
Calma, o mouse laser não é uma arma! Ele somente, ao invés de usar um LED para iluminar a superfície abaixo de seu sensor, usa um diodo de laser infravermelho, ou seja, não é nada letal e que vai desintegrar a sua mesa!
O que faz o mouse laser ser melhor do que os ópticos citados até agora está no fato de ele usar o, como já dito, diodo de laser infravermelho. Tal diodo é capaz de captar 20 vezes mais movimentos da superfície abaixo do mouse (pois a resolução das imagens captadas por ele é maior do que a captada por um LED), o que faz com que ele funcione em superfícies que um mouse óptico normal não funcionaria! E dependendo da qualidade/resolução do mouse laser, ele pode ser capaz de detectar movimentas até mesmo enquanto em cima de um espelho!
Sem fio
Em geral mouses sem fio se valem da tecnologia de radiofrequência (RF), a qual necessita de um transmissor (no mouse) e um receptor (ligado ao computador). Funciona assim: o transmissor envia um sinal eletromagnético codificado contendo as informações sobre os movimentos/cliques feitos pelo mouse, já o receptor recebe aquele sinal, decodifica-o e envia as informações contidas no sinal para o software que gerencia o mouse instalado, que por sua vez, envia as informações para o seu sistema operacional.
Além disso, mouses sem fio são em geral ópticos também e, como era de se esperar, necessitam de pilhas ou baterias para funcionarem. Outro fato interessante é o de que alguns mouses sem fio vêm com um esquema de encriptação, o qual faz com que os dados enviados do seu mouse para o computador não possam ser interceptados por ninguém.
Mouses sem fio, em sua maioria, operam na frequência de 2,4 Ghz, a qual permite que seu computador reconheça o movimento do mouse a uma distância de 10 metros. No entanto, tanta distância pode resultar em um “conversa cruzada”, ou seja, caso você e mais alguém em sua casa estejam usando um mouse sem fio a menos de 10 metros de distância um do outro, pode vir a acontecer de o mouse de um funcionar no computador do outro e vice-versa.
Para resolver tal problema é que inventaram uma tecnologia de mouses sem fio que operam a 27 Mhz, a qual apesar de ter um alcance de somente 2 metros, evita que aconteça o problema mencionado acima.
Bluetooth
Um tipo especial de mouse sem fio é o que utiliza a tecnologia Bluetooth. A vantagem dela sobre as demais é que em sua versão 2.1 ela demonstra: uma taxa de transferências de dados muito maior, o que melhora a resposta do mouse (não há atraso na seta em relação ao movimento e ele começa mais rápido a funcionar depois de o computador ser ligado), um consumo de energia menor e uma encriptação mais segura.
Resolução
A resolução é o número de pontos por polegada (dpi) que o sensor óptico e as lentes focais de um mouse óptico são capazes de captar, ou seja, quanto maior a resolução de um mouse, maior a precisão com a qual ele capta os movimentos feitos por você, o que faz com que ele precise ser movido menos. Em geral a maioria dos mouses apresenta uma resolução de 400 ou 800 dpi, entretanto, mouses destinados a jogos eletrônicos podem ter uma resolução de até 1600 dpi!
Outro fato a ser mencionado é o de que mouses com fio ainda têm uma melhor precisão do que mouses sem fio, apesar de isso estar mudando. Além disso, existem outras coisas que influenciam na precisão de um mouse, como por exemplo: o tamanho do sensor óptico, a taxa de atualização (frequência que o sensor exibe as imagens dos movimentos do mouse), a taxa de processamento de imagem e a velocidade máxima (o quão rápido você pode mover o mouse e ele captar o movimento).
O futuro do mouse
Com a evolução da tecnologia, começaram a surgir outros modos de interação com computadores além do mouse, como por exemplo, telas touchscreen /multi-touch, as quais dispensam totalmente o periférico.
Além disso, no quesito jogos, diversos controles estão sendo lançados, cada qual específico para uma determinada função. Exemplo disso é o próprio Nintendo Wii, que basicamente estreia um periférico novo a cada jogo lançado (apesar de não ser exatamente um computador), e controles como o HaptX, que foi desenvolvido para ser usado em jogos de tiro.
Mas uma coisa é certa: os mouses da maneira como o conhecemos estão perdendo espaço no mercado e, provavelmente, no futuro não serão mais encontrados apenas com dois botões e uma “rodinha”.
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