Análise: Motorola RAZR D3 [vídeo]

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No início do mês de abril, a Motorola disponibilizou para o mercado brasileiro dois novos modelos de smartphone: o RAZR D1 e o RAZR D3. O primeiro deles foi analisado recentemente pelo Tecmundo e agora chegou a vez do RAZR D3, um modelo intermediário de smartphone com preço acessível dentro de sua proposta.

Contando com processador dual-core de 1,2 GHz, o RAZR D3 tem ainda 1 GB de RAM, 4 GB de espaço para armazenamento, bateria de 2.000 mAh e câmera traseira de 8 megapixels. O preço médio do produto nas lojas brasileiras gira em torno de R$ 699 e R$ 799. Confira o que achamos do desempenho do produto.

Aprovado

Design de construção

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

A primeira impressão que se tem ao pegar o RAZR D3 é a de que se trata de um produto resistente. Os traços mais rústicos do design do produto – linhas mais retangulares e a parte traseira feita em plástico que imita Kevlar – acabam ressaltando essas características, de forma que o proprietário tem plena segurança para manusear o produto.

Os botões power e controle de volume estão localizados na lateral direita e, devido ao seu posicionamento e consistência – que requer um pouco de força para o clique –, o número de cliques acidentais é muito pequeno. Pesando apenas 120 gramas, o modelo também é anatomicamente confortável e possui uma pegada firme.

Contudo, isso não isenta o produto de possíveis pontos destoantes, como o fato de os parafusos ficarem expostos nas laterais. Obviamente, esse design de construção é parte da proposta do aparelho, mas o resultado final pode fazer com que as cavidades acumulem poeira e sujeira com o passar do tempo.

Desempenho

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

É importante deixar claro que o RAZR D3 é um aparelho com configurações intermediárias no mercado e, por conta disso, obviamente ele deve apresentar algumas limitações de hardware. Contudo, tivemos uma grata surpresa ao perceber que em nossos testes o aparelho se comportou de maneira exemplar.

Exibição de vídeos no YouTube, transição de telas entre aplicativos e navegação na internet são tarefas executadas com muita fluidez pelo aparelho. Não percebemos travamentos ou algum comportamento que pudesse prejudicar o desempenho dos aplicativos para o usuário final, o que é uma excelente constatação para um aparelho situado nesta faixa de preço.

Tela e interface

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

A tela LCD de 4 polegadas do RAZR D3 se comporta muito bem dentro de sua proposta. A resolução, de 800x480 pixels, é baixa se comparada às dos smartphones mais avançados, mas isso não significa que você comprometerá o visual de jogos e aplicativos ao executar programas no seu aparelho.

A proteção Gorilla Glass garante mais resistência ao vidro, seguindo a mesma linha de design do produto. À luz do dia, em ambientes aberto, os reflexos que incidem na tela dificultam um pouco a visão, mas nada que torne inviável usar o produto sob essas condições. A densidade de pixels de 233 ppi é adequada para a categoria.

No que diz respeito à interface, o mérito da Motorola é o de manter um Android praticamente “puro” em seu aparelho, acrescentando funções no produto que realmente agregam valor e se tornam relevantes para o consumidor, como a tela de configuração rápida e controle independente das funções de cada um dos chips.

Testes de benchmark


Em nossos testes, utilizamos os programas de benchmark AnTuTu e Vellamo, nas modalidades HTML5 e Metal. No AnTuTu o desempenho do RAZR D3 se mostrou eficiente, alcançando a marca de 7.467 pontos, um pouco a menos do que o Galaxy S2, top de linha da geração anterior, mas acima de modelos como Optimus 2X, RAZR D1 e Xperia E Dual.

Já no caso do Vellamo, nas duas modalidades o smartphone da Motorola se saiu melhor do que os concorrentes avaliados. Foram 388 pontos no Vellamo (Metal) contra 378 pontos do RAZR D1. Já no Vellamo (HTML5) a marca de 1.386 pontos o colocou pouco à frente também do RAZR D1, que somou 1.289.

Câmera

Foto tirada com o Motorola RAZR D3. (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Foto tirada com o Motorola RAZR D3. (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Com resolução de 8 megapixels, a câmera do RAZR D3 não apresentou nenhum problema aparente em nossos testes. Dentro de suas limitações, ela se comportou de forma satisfatória tanto em ambientes ensolarados e com boa luminosidade quanto em locais mais escuros.

Obviamente, há algum tipo de distorção nas cores e pequenos ruídos nas imagens, mas nada que torne a experiência de uso da câmera do aparelho no dia a dia algo desagradável. Entretanto, percebemos alguns problemas mais graves com relação à captura de vídeos, que infelizmente entraram para os quesitos reprovados nesta análise.

Bateria

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

A bateria de 2.000 mAh do RAZR D3 é outro item que certamente não vai decepcionar os consumidores. Em um teste de estresse, executando vídeos do YouTube de forma contínua, com brilho de tela no máximo e áudio ativado, foi possível suportar pouco mais de três horas de execução – um número dentro da média dos aparelhos do mercado.

Já com uso moderado, simulando o cotidiano de um consumidor, com WiFi ligado e acesso à internet diversas vezes ao longo do dia, além de utilização de alguns aplicativos, o tempo de duração da bateria foi o suficiente para fazer com que o aparelho aguentasse o dia todo sem a necessidade de uma recarga.

Reprovado

Entradas para chips e cartão

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

O modelo RAZR D3 tem a bateria fechada e não pode ser aberto sem uma chave de fenda. Por conta disso, tanto o cartão micro SD quanto os dois chips são colocados no aparelho pela lateral esquerda. Para acessar as entradas é preciso remover uma pequena e frágil tampa de plástico, que fica grudada ao aparelho por uma linha fina também de plástico.

A Motorola imaginou que esse poderia ser um problema: tanto é que, junto com o aparelho, é disponibilizada uma espécie de paleta que permite abrir com mais facilidade as tampas laterais. Entretanto, na prática, poucas pessoas vão andar com a paleta por aí. Tirar a tampa “na unha” não é uma boa ideia e, no final das contas, essa parte do produto tende a não durar muito.

Áudio

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Se a câmera do aparelho não apresenta nenhum tipo de problema, o mesmo não se pode dizer do formato de captura padrão e da qualidade do áudio. As imagens são capturadas na extensão 3GP, diferente do padrão MP4 usado na maioria dos aparelhos.

Esse formato de compressão acaba resultando em uma qualidade de áudio mais baixa, o que gera um som mais abafado. Obviamente, é possível converter posteriormente os arquivos do formato 3GP para MP4, mas ainda assim o resultado final poderia ser bem melhor e, principalmente, mais prático.

Vale a pena?

Sem dúvida, dentro de sua proposta, o RAZR D3 é uma das melhores opções de compra que o consumidor pode encontrar no mercado. Custando entre R$ 699 e R$ 799, o aparelho possui configurações equilibradas e, por conta disso, consegue rodar com tranquilidade a maioria dos aplicativos existentes na Play Store.

Leve e com poucas falhas no design de construção, o modelo revela ainda a versão mais recente do Android – e há a promessa de atualização ao menos para a próxima versão do SO, o que garante uma sobrevida maior para quem comprar o produto neste momento, próximo ao seu lançamento.

Notamos alguns problemas que podem incomodar o consumidor no design de construção, em especial os parafusos à mostra e a fragilidade das tampas de entrada para os chips e o cartão. A qualidade de áudio nos vídeos também poderia ser melhor. Além disso, se você gosta de baixar muitos aplicativos, já se prepare para comprar um cartão micro SD, uma vez que o espaço de armazenamento é de apenas 4 GB.

Porém, ainda assim, o RAZR D3 se mostra como uma das opções que resulta na melhor relação custo-benefício do mercado, oferecendo um produto de qualidade, capaz de aguentar com tranquilidade pelo menos um ano e meio de vida sem se tornar obsoleto - e sem cobrar um preço abusivo do seu consumidor.

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