Uma das experiências mais aterrorizantes que eu tive sobre uma moto foi em cima de uma YZF-R6. Por isso, quando a Yamaha anunciou, na semana passada, que iria revelar a nova versão da “irmã menor” da R1, naturalmente fiquei apreensivo.
No entanto, quando as primeiras imagens finalmente apareceram, não fiquei nada desapontado: a pequena esportiva de 599cc veio completamente renovada... E está linda! Também pudera, já que ela pode ser praticamente chamada de “mini-R1”.
Depois da reestilização da R1, foi a vez da YZF-R6 receber um novo design fortemente inspirado na M1, a moto utilizada pela Yamaha na MotoGP. As linhas da carenagem ficaram mais anguladas e dão um visual bem mais agressivo para a moto tanto na dianteira quanto na traseira, com o destaque para os faróis mais baixos, posicionados logo abaixo dos LEDs diurnos.
As mudanças não foram apenas estéticas, já que a Yamaha afirma que essa é a R6 mais eficiente em termos aerodinâmicos já lançada: ela é 8% mais competente nesse aspecto do que sua versão anterior.
Além do tapa no visual, o pequeno foguete ganhou melhorias que foram herdadas diretamente da YZF-R1, como foi o caso dos garfos KYB de 43mm da suspensão dianteira totalmente ajustáveis, o sistema de frenagem radial (com pinças radiais e discos de 320mm).
O foco da Yamaha, no entanto, ficou na parte de melhorias eletrônicas: a R6 recebeu vários mimos que antes estavam limitados a sua irmã maior. Agora, a moto conta com controle de tração de seis níveis e que pode ser desligado, caso você se sinta um Valentino Rossi nas pistas. Além disso, ela também vem com um quickshifter – que permite trocas de marcha mais rápidas para cima, sem acionamento da embreagem. O ABS também está presente.
O motor continua sendo o quatro cilindros em linha de 599cc, mas não teve sua potência e outros aspectos de performance revelados. Essas informações devem aparecer de vez no Salão de Milão, que vai acontecer entre os dias 8 e 13 de novembro.
O que já deu para perceber é que ele permanece usando a estrutura de virabrequim padrão e não adotou o sistema “crossplane” da R1 – o que significa que a R6 pode até não ter uma entrega de torque tão linear quanto a irmã maior, mas continua soando muito bem.
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