Smart City Expo Curitiba 2024: Projeto de Recife ganha prêmio de cidade inteligente

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Imagem: Lívia Inácio/Reprodução

Na manhã desta sexta-feira (22), um bate papo com os vencedores do Smart City Curitiba Brazilian Awards fechou a 5ª edição do segundo maior evento do mundo sobre cidades inteligentes, o Smart City Expo Curitiba.

Promovida pelo iCities, com o apoio da Prefeitura de Curitiba e a chancela da Fira Barcelona, a edição brasileira do World Smart Cities Awards elegeu os melhores projetos em cinco categorias: Cidades Inteligentes, Transformação Digital e Inovação, Cidade Sustentável, Equidade Social e Mobilidade Urbana.

Cidades Inteligentes

O E.I.T.A!Recife, da capital pernambucana, levou o prêmio de Cidades Inteligentes. Lançado em 2022, o projeto identifica desafios no município, desenvolve soluções a serem testadas em três etapas e só ao fim desse período elas são aplicadas em larga escala.

Um dos problemas que a proposta conseguiu solucionar foi a alta incidência de faltas a consultas e exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS), diz a secretária de Desenvolvimento Econômico do Recife, Joana Florêncio, durante o bate papo. O gargalo foi mapeado a partir da análise de dados dos pacientes para a elaboração de um programa piloto.

Transformação Digital e Inovação

Na categoria Transformação Digital e Inovação, o vencedor foi o projeto Araguaína 4.0: A Cidade Que Não Para, de Araguaína, no Tocantins. Com o objetivo de fomentar inovação e modernização no serviço público, o programa realizou capacitação internacional em Governo Digital, integrou serviços no sistema gov.br e implementou a assistente virtual IARA, baseada em inteligência artificial, para modernizar e aprimorar as operações governamentais

Cidade Sustentável

Já o Quintal Florestal, de Santarém, no Pará, levou o prêmio Cidade Sustentável. O projeto é focado nas comunidades do Eixo Forte, que têm práticas de queimadas, com o objetivo de integrar o conhecimento sobre plantas medicinais e a arborização urbana.

Equidade Social

O programa Compra Londrina - Felicidade em Compras Públicas Inteligentes foi destaque da categoria Equidade Social. Ele busca desmistificar as licitações, incentivando a participação de pequenos negócios locais nas disputas de compras públicas, proporcionando suporte aos empreendedores no processo inteiro, até o acompanhamento pós-licitação.

Mobilidade Urbana

Por fim, o projeto Ciclovia do Trabalhador, de Arapiraca, no Alagoas, venceu no título Mobilidade Urbana. O projeto viabilizou a construção de ciclovias arborizadas e iluminadas, bem como calçadas acessíveis, para integrar diversas áreas da cidade.

O Smart City Curitiba Brazilian Awards recebeu 300 projetos das cinco regiões brasileiras e teve 15 finalistas na disputa em sua primeira edição. 

smart city expo curitibaMesa debate o futuro da mobilidade urbana. (Fonte: Lívia Inácio/Reprodução)

Além do bate-papo com representantes dos projetos vencedores, o último dia do congresso também contou com uma discussão sobre o volume e o potencial das informações que estão nas mãos do Estado.

“Quantas vezes você existe nos dados públicos?”, provocou o Diretor do Instituto Cidades Inteligentes, Maurício Pimentel. “Todas essas informações dizem respeito à vida das cidades”. Para o especialista, o Big Data não apenas precisa ser analisado como também traduzido de forma eficiente. “Falamos em variedade, volume, velocidade, veracidade e valor, mas, além disso, devemos falar em visualização”, disse.

A mobilidade urbana foi outro tópico em pauta durante um bate papo entre o vice-ministro de transportes do Chile, Jorge Daza Lobos, e o especialista em engenharia de veículos híbridos e elétricos Valério Mendes Marochi, da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná).

Marochi abordou a importância de investir em mobilidade urbana sustentável e apresentou um projeto da Fiep pensado para a produção nacional de baterias de íon lítio. Já Lobos trouxe à luz o debate sobre o descarte desse tipo de material, que desafia autoridades do setor, e contou um pouco de como o Chile tem trabalhado para integrar meios de transporte e tornar o país menos dependente do modal individual.

“O carro já foi um vetor de transformação, tornou-se a escala da cidade. Basta ver como é a qualidade das calçadas em comparação com a das ruas. O que era para ser uma alternativa, acabou se tornando o centro”, complementou Marochi.

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