A companhia chinesa BYD começou a atuar no Brasil em 2015, contudo, novas informações sugerem um crescimento exponencial durante o governo do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Além de o governo ter definido a transição energética como uma das prioridades, Lula tem uma relação mais amigável com a China, principalmente, por conta do país ser um parceiro comercial importante.
Até o último governo, o ex-presidente Jair Bolsonaro não priorizou a transição para a energia sustentável e não era nenhum pouco amigável com os chineses. Segundo informações do portal UOL, o atual momento no Brasil sugere que a BYD deve expandir o negócio e se tornar uma das pioneiras da eletrificação de veículos no país.
Parte das baterias e dos painéis fotovoltaicos da BYD são reciclados, inclusive, as placas solares tem durabilidade de 25 anos.Fonte: GettyImages
A China oferece um alto volume de negociações, mas o presidente Lula também deseja fortalecer a parceria com o país mais forte do Sul Global. A expressão Sul Global é usada para se referir a países em desenvolvimento do hemisfério sul, e alguns do hemisfério norte, como regiões da África, América Latina, Caribe, Ásia e Oceania; já o Norte Global é classificação definida para países desenvolvidos, como Austrália, Japão, Estados Unidos, Nova Zelândia, e outros.
BYD: além de veículos elétricos
A BYD ganhou destaque em todo o mundo e tornou-se líder mundial em vendas de carros elétricos, até deixou a Tesla para trás em número de vendas. No Brasil, o cenário ainda não é tão impressionante, já que a companhia chinesa vendeu apenas 400 carros aos consumidores nacionais em 2022; neste ano, é esperado um aumento para 10 mil carros. Não é à toa que a BYD está negociando para assumir a fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia, e iniciar parte da produção dos carros em território nacional.
A BYD já confirmou o lançamento de novos modelos no Brasil.Fonte: Getty Images
As negociações estão na fase final, mas a empresa ainda não sabe quando iniciará a produção nacional — um dos objetivos é lançar um veículo híbrido para auxiliar na transição dos brasileiros que não desejam adquirir um veículo totalmente elétrico.
Com os subsídios dados pelo governo em relação ao uso de energia solar, a BYD aproveitou da situação e abriu uma fábrica de painéis fotovoltaicos em Campinas, em São Paulo, tornando-se líder em produção no Brasil. Como o atual governo defende a ampliação do acesso à energia solar para pessoas de classes de renda mais baixas, o setor deve continuar em crescimento nos próximos anos.
O conglomerado chinês entrou no Brasil com a missão de construir uma montadora de ônibus 100% elétricos em Campinas, visando abastecer as frotas de diferenets regiões. Desde então, a BYD seguiu trajetória mais tímida, à espera da oportunidade atual.
De qualquer forma, ainda existem diversos desafios para a eletrificação de veículos em território nacional, como os processos de mineração necessários para eletrificar os carros e a infraestrutura de captação de energia solar e eólica.
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