A Chery será a primeira montadora a adotar baterias de íons de sódio da CATL, líder global em baterias para carros elétricos. A nova tecnologia promete baratear o valor dos veículos a eletricidade, uma vez que a bateria é o item de maior custo para a fabricação desse tipo de automóvel.
As baterias de íons de sódio, lançadas pela CATL em julho de 2021, oferecem uma autonomia de até 400 quilômetros para os veículos elétricos. A companhia já iniciou o layout de industrialização de baterias de íons de sódio e planeja formar uma cadeia industrial básica ainda em 2023.
Como funcionam as baterias de íons de sódio da CATL?
CALT detém um terço do mercado global de baterias para veículos elétricos. (Fonte: CATL/Divulgação)Fonte: CATL/Divulgação
As baterias de íons de sódio da CATL usam eletrólitos sólidos em vez de líquidos, reduzindo o risco de vazamentos, superaquecimento e explosões. A primeira geração do equipamento pode ser carregada em 15 minutos até 80% da capacidade, em temperatura ambiente. Em baixíssimas temperaturas, esse índice pode chegar a mais de 90%.
Uma das vantagens é que elas podem usar materiais de cátodo mais baratos e mais abundantes do que os utilizados nas baterias de íons de lítio, que requerem materiais caros como cobalto. O sódio é um elemento muito mais abundante, o que significa que pode haver menos restrições de abastecimento de matérias-primas para a fabricação de baterias.
Por enquanto, a tecnologia que usa o sódio tem uma eficiência menor de carga elétrica. Embora a densidade energética de 160 Wh/Kg não seja tão alta quanto as baterias dos veículos elétricos atuais, que superam os 250 Wh/kg no caso dos carros da Tesla, a bateria de íons de sódio está em desenvolvimento e a CATL promete melhorar esse índice.
Apostas de outras montadoras
Montadoras como, a subsidiária chinesa da Renault, apostam no uso de sódio para bateria de carros elétricos. (Fonte: JMEV/Divulgação)Fonte: JMEV/Divulgação
A bateria de íons de sódio da CATL deve ser usada inicialmente em veículo de duas rodas, mas a tecnologia deve ser desenvolvida também para carros elétricos, especialmente porque esse tipo de equipamento tem um custo mais baixo para as montadoras.
A JAC aposta em um protótipo similar, produzido pela Hina Battery, que tem capacidade de 25 Wkh, 120 Wh/kg de densidade energética e uma autonomia de 252 km com uma única carga. A Renault também investe na bateria de íons de sódio, por meio de sua subsidiária chinesa Jiangling Motors Electric Vehicle (JMEV).
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