Recentemente, por meio das redes sociais, usuários relataram que as corridas em aplicativos de mobilidade urbana, como Uber e 99, tendem a ficar mais caras para os usuários que estiverem com a bateria baixa no momento da solicitação.
A informação viralizou e chamou a atenção de diversos portais que, intrigados com a questão, passaram a realizar um teste na intenção de descobrir se tratava-se de algo verídico.
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Sendo assim, logo abaixo, você poderá saber mais sobre esse assunto e finalmente descobrir se as corridas no Uber ou no 99 realmente ficam mais caras quando a bateria está 'por um fio'!
Ao solicitar um carro de aplicativo, as tarifas podem variar por conta de uma série de fatores. (GettyImages/Reprodução)Fonte: GettyImages
Entenda a variação de tarifas em aplicativos de mobilidade urbana
É comum que aplicativos como Uber e 99 ofereçam uma variação em suas tarifas levando em consideração alguns fatores externos, incluindo tempo de deslocamento, oferta e demanda. O famoso “preço dinâmico”, como é chamado pelas empresas, entra em ação nesses casos.
Para ficar mais fácil de entender imagine que, em horários de pico – quando a procura por carros de aplicativo é maior – a quantidade de motoristas disponíveis nem sempre pode ser equivalente. Dessa maneira, os preços tendem a aumentar, visto que há uma procura maior com relação à disponibilidade.
O mesmo pode acontecer durante a madrugada, quando boa parte dos motoristas não se encontra em atividade, bem como em outros momentos do dia. Essas variáveis são corriqueiras e já esperadas. No entanto, a questão do preço aumentar quando a bateria estiver baixa pegou muita gente de surpresa.
Em um vídeo publicado no TikTok no último sábado (15), que já acumula mais de 580 mil visualizações, o usuário Jean Nascimento mostrou aos seus seguidores que os preços podem variar bastante. No teste, seu smartphone está com a bateria baixa, mas se mantém conectado a um carregador portátil.
Às 17h21, a corrida que ele gostaria de solicitar custava em torno de R$ 8. Porém, cerca de nove minutos depois, já desconectado do aparelho, ao fazer uma simulação para o mesmo local, o preço já havia subido para R$ 16,10.
Por mais que o fator tempo pudesse ter tido algum efeito durante o teste, uma nova tentativa foi realizada no mesmo vídeo. Desse modo, às 17h53, sem estar com o celular carregando, o usuário visualizou que o valor de uma corrida para um determinado local poderia custar R$ 26,60.
Contudo, às 17h54, ou seja, um minuto depois, mas já conectado ao carregador, o preço retornava para R$ 8.
O que a Uber já disse sobre o assunto?
Embora várias pessoas tenham feito o teste em seus respectivos smartphones nos últimos dias, verificando que é sim possível notar uma certa variação de tarifas quando a bateria está mais baixa, Keth Chein, chefe de pesquisa econômica no Uber, argumentou, em uma entrevista de 2016 ao National Public Radio, que a empresa não se utiliza das informações dos usuários para modificar o preço de suas tarifas.
"Absolutamente não usamos isso para aumentar preços, mas é um fato interessante do comportamento psicológico humano", considerou Chen, falando sobre como os usuários tendem a não esperar que os preços diminuam nos apps quando precisam se deslocar.
Corridas no Uber e 99 podem ficar mais caras quando os usuários estão com pouca bateria, apontam usuários. (GettyImages/Reprodução)Fonte: GettyImages
Contudo, de acordo com as apurações da época do National Public Radio, diante de acusações recorrentes à empresa, ainda assim a Uber conseguiria detectar qual o nível de bateria do smartphone dos usuários porque necessitaria desse dado para ativar o modo de economia de energia.
Até o momento, tanto a Uber quanto a 99 não se pronunciaram de maneira oficial sobre a nova polêmica em torno da variação de suas tarifas.
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