A Roam Motors, uma empresa queniana e sueca, lançou na semana passada um novo modelo de moto elétrica que promete capacidade de transporte, velocidade e alcance. A ideia é adaptar as metas de emissão zero à realidade de países africanos (e outros do Hemisfério Sul), de estradas de terra e pouca disponibilidade de postos de recarga.
Conforme o CEO e cofundador da empresa, Filip Lövström, a Roam Air foi pensada para diversas possibilidades de uso comercial, desde pequenas cargas até passageiros, com foco na segurança e usabilidade. O destaque fica por conta do compartimento onde estaria o tanque de combustível convencional e que comporta duas baterias, com autonomia de 180 km.
Cada bateria tem a capacidade de 3,24 kWh, ou seja, um total de 6,48 kWh. Com isso, a moto elétrica entrega 3 mil watts de potência nominal, o que projeta uma velocidade máxima de 90 km/h. Com 135 kg de peso, o veículo tem capacidade de carga útil de 220 kg. O tempo de carregamento é de 4 horas com carregador de 3 pinos de 600 W em tomada de 240 V.
O preço da moto elétrica
Além das suas peculiaridades, o grande diferencial da moto elétrica Roam Air é o seu preço. Vendida a US$ 1,5 mil, o equivalente a pouco menos de R$ 8 mil, o veículo custa praticamente o mesmo que as outras motos que utilizam motores a combustão comercializadas na África. Com isso, a Roam planeja expandir a produção para conquistar o mercado local e exportar o seu conceito.
Para viabilizar tudo isso, a Roam conseguiu obter o maior investimento de todos os tempos em uma empresa de mobilidade na África: um total de US$ 7,5 milhões (R$ 39 milhões). Dessa forma, espera-se a chegada da moto elétrica ao mercado africano ainda neste ano, bem como uma parceria com a Uber para fornecimento de mais de 3 mil motos na plataforma.
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