A Ducati revelou nesta segunda-feira (4) os detalhes técnicos da sua primeira moto elétrica, que já havia tido imagens vazadas. O modelo superesportivo está sendo desenvolvido para as pistas de corrida, mas servirá de base para futuros lançamentos que têm as ruas como foco.
Com estreia prevista para a temporada 2023 da categoria eletrificada do Campeonato Mundial de Motovelocidade (MotoE), a Ducati V21L é equipada com um motor que produz 150 cv de potência e 10,6 kgfm de torque. Nos testes realizados no circuito de Mugello, na Itália, ela alcançou 275 km/h de velocidade máxima, de acordo com a montadora.
O conjunto mecânico é alimentado por uma bateria de 18 kWh que pesa 110 kg, quase a metade do peso total da motocicleta (225 kg). Ela conta com 1.152 células cilíndricas do tipo "21700", ficando protegida por uma carcaça de fibra de carbono também utilizada como parte da carroceria de suporte.
A recarga da bateria da moto elétrica da Ducati é realizada por meio da tomada de 20 kW integrada à traseira. De acordo com a marca italiana, gasta-se em torno de 45 minutos para recuperar 80% do nível de energia do componente, não sendo necessário esperá-la resfriar para iniciar o procedimento, como acontece com as motos usadas atualmente na competição.
Futuro eletrificado
Alguns dos elementos presentes na moto elétrica Ducati V21L, contribuindo para um melhor desempenho do motor e da recarga da bateria, poderão ser reaproveitados pela montadora nas próximas motocicletas de rua. De acordo com o CEO da empresa Claudio Domenicali, a marca deverá seguir a tendência de eletrificação em futuros lançamentos.
“Como Ducati, entendemos essa necessidade e fomos em busca de um desafio que nos permitisse contribuir para o objetivo comum de reduzir as emissões de CO2 e, ao mesmo tempo, manter a fé no nosso DNA ligado às corridas”, explicou o executivo, que teve a oportunidade de testar a nova versão.
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