Pesquisadores da Universidade do Sul da Dinamarca (SDU) divulgaram recentemente um novo tipo de tecnologia que poderá representar uma revolução, tanto para os serviços de inspeção em concessionária de energia elétrica quanto para a autonomia da indústria de veículos aéreos não tripulados (UAVs). Trata-se de um drone que pode recarregar suas baterias durante o voo, usando fios de alta tensão.
Embora os UAVs sejam apontados como o futuro paradigma para a solução de inspeção de infraestruturas civis, a vida útil reduzida de suas baterias tem se constituído em uma limitação de sua operacionalização definitiva.
Por isso, a solução de reabastecimento durante o voo, principalmente se estendida a diversos modelos de equipamentos, pode ser implantada em um tempo relativamente curto para inspecionar linhas e torres de energia elétrica, pontes e ferrovias, entre outras.
We are very happy to meet physically again to integrate and test our Drones4Energy project! pic.twitter.com/6C4xk9TSca
— Drones4Energy (@drones4energy) May 26, 2021
Como funcionam os drones autorrecarregáveis da Dinamarca?
A pesquisa da SDU utilizou aeronaves produzidas pela empresa Drones4Energy, um consórcio de grupo dinamarqueses que investem em uma operação autônoma e regular de aprendizado de máquina, para impulsionar enxames de UAVs a trabalhar na manutenção dos 7 mil quilômetros de linhas de energia naquele país.
Um dos autores do estudo "Microsserviços para inspeção autônoma de UAV com simulação de UAV como serviço", publicado no mês passado na revista Simulation Modelling Practice and Theory, o pesquisador Emad Samuel Ebeid explica que a primeira missão dos novos drones será colocar sensores para inspeção dos cabos de alta tensão, uma tarefa que implica atualmente no corte temporário da eletricidade.
A expectativa da Drones4Energy é que a implantação definitiva dos drones autorrecarregávies acelere a hoje lenta tarefa de instalação de sensores. Esse tipo de monitoramento remoto, por sua vez, poderá reduzir a própria frequência dos voos de inspeção. A relevância da nova tecnologia deverá se traduzir em exportações do equipamento para o mundo inteiro.
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