Os preços pagos pelos usuários para utilizar aplicativos de transporte, como Uber e 99, ficou 19,85% mais caro em outubro, de acordo com a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro, esse tipo de gasto já havia subido 9,18%.
O aumento do valor do serviço representa a 2ª maior alta entre todos os itens medidos pelo IPCA no período, perdendo apenas para passagens aéreas. Os transportes representam o setor que mais contribuíram para a inflação de 1,25%, o maior índice para o mês de outubro desde 2002.
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A elevação de custos do transporte por aplicativo reflete os reajustes anunciados pelas plataformas para tentar acompanhar o aumento dos combustíveis, melhorar os ganhos dos motoristas e reduzir a onda de cancelamentos de corridas pedidas pelos passageiros. Em setembro, a Uber e 99 anunciaram um aumento médio de 15% em suas tarifas.
Alta dos combustíveis
Combustíveis mais caros reduzem ganhos de motoristas de aplicativos de transporte. (Fonte: PxFuel/Reprodução)Fonte: PxFuel/Reprodução
Os preços dos combustíveis estão batendo sucessivos recordes em 2021. De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina já chegou a R$ 7,99 em alguns postos do Rio Grande do Sul e acumula uma alta de quase 50% no ano na média brasileira.
Desde janeiro, o diesel subiu 48% e pode ser encontrado até R$ 6,80 o litro. O etanol teve alta de mais de 70% e chega a custa R$ 7,90. Até o gás natural veicular (GNV), utilizado como alternativa mais barata pelos motoristas, ficou 33% mais caro em 2021, com preço máximo registrado pela ANP de R$ 6,20 pelo metro cúbico.
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