As plataformas de transporte Uber e 99 terão que detalhar ao Procon Carioca o motivo e o funcionamento dos recursos de cancelamentos de corridas na região do Rio de Janeiro. Ambas as empresa foram oficialmente notificadas pelo órgão de proteção ao consumidor.
O motivo da reclamação é a alta quantidade de cancelamentos em solicitações de motoristas após corridas serem aceitas, o que faz com que passageiros se atrasem, fiquem uma alta quantidade de tempo esperando por uma pessoa que aceitou a corrida e prejudica a qualidade do serviço no geral.
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Ao Procon Carioca, as companhias terão que explicar a razão dos cancelamentos — e, caso as respostas sejam consideradas insuficientes, os aplicativos podem ser penalizados por "prática abusiva" que prejudica o consumidor.
Situação difícil
Apesar de reajustes que aumentaram a renda repassada aos motoristas parceiros, as empresas de aplicativos notaram as altas taxas de cancelamento, além da dificuldade em encontrar uma corrida em certas regiões da cidade e taxas cada vez mais altas. Ao todo, 1,4 milhão de pessoas trabalham no setor em todo o Brasil.
Entre os culpados, são apontados fatores como a alta frequente do preço dos combustíveis. Entretanto, o órgão quer mais detalhes sobre o caso e garantir que o usuários dos apps também não saia prejudicado — o caso de uma noiva que precisou dirigir ao próprio casamento por falta de corridas aceitas no celular viralizou recentemente.
"As reclamações por cobranças indevidas por viagens não feitas ou taxas de cancelamento mostram ainda uma falha no aplicativo, mesmo quando o reembolso é feito. Essa cobrança não deveria chega a ser feita, já que há um monitoramento do trajeto percorrido ao motorista do app", afirma a porta-voz do Procon Carioca, Renata Ruback, ao jornal Extra.
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