Noticiamos em agosto que Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos EUA (NHTSA), uma instituição reguladora da padronização de veículos automotores no país, abriu uma investigação sobre o Autopilot, o software de direção automática da Tesla, analisando, atualmente, 12 acidentes identificados desde o início de 2018.
Na semana passada, o Escritório de Investigação de Defeitos da agência enviou cartas a 12 outras empresas automobilísticas requisitando dados de seus sistemas de assistência aos motoristas de nível 2, em que o carro é capaz de controlar a direção, freagem e aceleração dentro de circunstâncias específicas.
Tesla Model 3 envolvido em um acidente no dia 31 de agosto; o motorista culpa o sistema de piloto automáticoFonte: Reprodução/CNBC
A agência pretende realizar uma análise comparativa entre os sistemas de terceiros e o programa da Tesla. Para isso, listagens com todos os veículos das companhias fabricados nos Estados Unidos com o nível 2 foram exigidas, além de relatórios de campo e acidentes, processos envolvendo os softwares, reclamações de consumidores, entre outras informações. Confira, como exemplo, a requisição enviada à Ford — disponível apenas em inglês.
Chamando os competidores
Segundo os documentos públicos da investigação, os pedidos foram transmitidos às empresas: BMW, Honda, Hyundai, Toyota, Ford, Nissan, Stellantis, Subaru, Volkswagen, Mercedes-Benz, Kia, GM e Nissan. No dia 31 de agosto, uma ordem similar foi imposta à Tesla.
O Tesla Model Y e outros lançamentos entre 2014 e 2021 estão envolvidos no projeto da NHTSA Fonte: Divulgação/Tesla
Enquanto a marca de Elon Musk tem até o dia 22 de outubro para oferecer os dados, outras empresas estadunidenses, como a GM, devem apresentar relatórios até o dia 3 de novembro. O resto das companhias só precisa cooperar até o dia 17 de novembro. Atrasos em envios resultam em multas diárias de $22.992, cerca de R$120.841,35 em conversão direta, com um teto máximo de $114.954.525 (R$ 604.177.992,50).
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