Pesquisadores da Universidade de Zurique (UZH), na Alemanha, desenvolveram um algoritmo capaz de fazer um drone autônomo voar mais rápido do que os equipamentos pilotados por humanos em uma corrida. A novidade foi apresentada pela instituição de ensino na quarta-feira (21).
No experimento conduzido pelo chefe do Grupo de Robótica e Percepção da UZH, Davide Scaramuzza, dois pilotos humanos profissionais participaram de uma corrida de drones, desafiando o modelo com inteligência artificial (IA). Eles tiveram tempo para treinar no circuito antes da competição, mas mesmo assim foram superados pelo sistema autônomo.
Usando câmeras externas instaladas na área da pista, o modelo pilotado pela IA recebia informações em tempo real sobre a sua localização e assim podia escolher a melhor trajetória de voo. O resultado foi impressionante, com o algoritmo realizando todas as voltas de maneira mais rápida que os humanos, segundo Scaramuzza.
Além de voar mais rápido, o drone autônomo teve um desempenho mais consistente, pois conseguia repetir a melhor trajetória com perfeição ao encontrá-la, ao contrário dos pilotos. “A novidade do algoritmo é que ele é o primeiro a gerar trajetórias otimizadas no tempo que consideram totalmente as limitações do drone”, acrescentou o pesquisador.
Ajustes necessários para uso comercial
O sistema de drone autônomo que voa mais rápido do que pilotos humanos se mostrou um sucesso nos testes. Porém, ele ainda precisa de alguns ajustes para ser utilizado em aplicações comerciais, como a busca por sobreviventes em locais de desastre, inspeções em prédios e a entrega de cargas, realizadas no menor tempo possível.
A demora no cálculo da trajetória ideal pelo computador (ele gasta cerca de uma hora nisso) e a dependência de câmeras externas são algumas das limitações. Uma das melhoras já previstas nos próximos experimentos comandados pela equipe é a utilização de câmeras a bordo do quadricóptero (modelo com quatro motores) para calcular a sua localização.
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