A companhia aérea Air France realizou, nesta terça-feira (18), o primeiro voo intercontinental que, como combustível, utilizava óleo de cozinha — não, você não leu errado. A iniciativa, um tanto quanto inusitada, foi possível a partir de uma parceria com a empresa Airbus, bem como os grupos ADP e petrolífero Total.
Saindo de Paris, na França, em direção a Montreal, cidade no Canadá, a aeronave Airbus A350 foi movida por um combustível com 16% de óleo para fritar. O biocombustível, produzido por uma refinaria do grupo Total, localizada em La Méde, no sudeste da capital francesa, evitou a emissão de 20 toneladas de dióxido de carbono no voo de teste.
Biocombustível: mais ecológico e caro
A alternativa é altamente mais ecológica, mas menos econômica. Segundo cálculos da Air France, essa mistura gera um custo adicional de 4€ (cerca de R$ 25,80, na conversão do dia) por passageiro no trajeto realizado. Para não perder a competitividade, a empresa pretende então incentivar o uso destes biocombustíveis para o maior número de companhias possível.
A legislação francesa será uma grande aliada ao plano, uma vez que determina, a partir de 2022, o uso do biocombustível na taxa de 1% em todos os voos que decolarem do país. Em três anos, esse número subirá para 2%, conforme a lei vigente e, em 2030, chegará a 5%. A tendência, portanto, é que a prática seja gradativamente adotada pelas empresas.
A Airbus, contudo, pretende dar um passo a frente, e já estuda estratégias para utilização de nada menos do que 100% de biocombustíveis em voos “nas próximas décadas”.
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