Os apps de transporte se tornaram um fenômeno global por serem mais ecologicamente corretos. Entretanto, um estudo recente avaliou a influência dos aplicativos no aumento do tráfego em cidades norte-americanas.
A abordagem inédita foi realizada pelo Grupo de Pesquisa de Mobilidade Urbana da Aliança para Pesquisa e Tecnologia de Singapura-MIT. Membros do MIT e da Universidade de Tongji na China também contribuíram com o trabalho.
Uber e Lyft são os principais serviços nos EUA.Fonte: Medium/Reprodução
Usando estatísticas metropolitanas, o estudo avaliou a evolução dos apps de transporte nos EUA. Assim, foram analisados três pontos: atuação no tráfego nas cidades, número de passageiros em transporte público e quantidade de veículos particulares.
Após o surgimento desses serviços, os congestionamentos cresceram em intensidade (1%) e duração (4,5%). Por outro lado, o uso do transporte público caiu 8,9% nas áreas de atuação dessas empresas.
O estudo também notou uma diminuição insignificante de apenas 1% no uso de carros particulares depois da ascensão dos aplicativos. Muitos motoristas ainda preferem usar veículos próprios para realizar as atividades do dia a dia.
A pesquisa do MIT considerou a atuação do Uber e do Lyft. As duas companhias são os serviços mais populares de transporte nos EUA e detêm 69% e 29% do mercado americano, respectivamente.
Pesquisadores relatam que os apps desencorajam o uso de alternativas mais ecológicas.Fonte: Kaique Rocha/Pexels
Opções não tão benéficas para o meio ambiente
Para os pesquisadores, os serviços de transporte desencorajam as alternativas mais ecológicas, como o uso de transporte público. Dados mostram que metade das viagens poderiam ter sido feitas a pé, de bicicleta ou nem aconteceriam sem os apps.
Por fim, o estudo indica que os quilômetros percorridos pelos veículos de aplicativos sem um passageiro também contribuem para o aumento do trânsito. É estimado que mais de 40% da distância rodada pelos motoristas é feita sem usuários a bordo.
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