Dois homens morreram após um Tesla Model S versão 2019 (no modo piloto automático) colidir com uma árvore e pegar fogo. O acidente ocorreu no último sábado (17) no Texas, Estados Unidos, e, de acordo com autoridades, evidências físicas e entrevistas com testemunhas sugerem nem um dos passageiros, de 59 e 69 anos, estava atrás do volante, conduzindo o veículo.
As esposas de ambos contam que, minutos antes da ocorrência, os viram sair com o Tesla depois de conversarem a respeito do recurso da unidade, e Mark Herman, à frente das investigações, explica que as causas da fatalidade não estão claras.
Ainda segundo Herman, foram necessários mais de 30 mil galões de água para acabar com um incêndio de quatro horas, um processo que normalmente exige minutos.
Procurada pelo The New York Times para se posicionar sobre o caso, a montadora ainda não prestou esclarecimentos.
Incêndio durou quatro horas, afirmam autoridades.Fonte: Reprodução
Segurança em pauta
Em março, a Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos EUA indicou que estava investigando 23 colisões envolvendo veículos da Tesla que teriam ocorrido com o uso do piloto automático, e diversos reguladores revelam preocupações com a segurança de baterias usadas em carros elétricos – que, de acordo com um relatório do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA publicado em 2020, poderiam representar riscos às equipes de emergência.
Por fim, em seu site, a fabricante avisa que "os recursos atuais do piloto automático exigem supervisão ativa do motorista e não tornam o veículo autônomo". Também no dia 17, Elon Musk divulgou um documento em que afirma que motoristas com a ferramenta ativa têm quase 10 vezes menos chances de se envolverem em acidentes quando comparados a condutores e condutoras de veículos tradicionais.
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