O Nordeste, que ostenta um histórico de destaque quando o assunto é energia renovável, tem registrado uma necessidade crescente de mão-de-obra no setor, mobilizando o mercado de trabalho sobretudo nos segmentos de energia solar e eólica. Com vistas a construir parques de energia e impulsionar o ramo de instalação residencial, a região acaba beneficiando os trabalhadores locais, especialmente da Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.
Tais estados, não atoa, lideram a produção destes tipos de energias limpas em escala nacional, tudo isso graças ao bom uso das características geográficas favoráveis que possuem — o que inclui ventos abundantes e muita luz. Aliás, embora o país esteja vivendo um momento de crise não apenas sanitária, mas também econômica, o setor permanece aquecido e com possibilidade de expansão.
Previsões para o Nordeste no setor
De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, o cenário é muito promissor, especialmente na Bahia, que gera 32% de toda a energia solar produzida no Brasil e ocupa a posição de líder na geração de energia renovável há dois anos.
Em seguida, está Minas Gerais (21%), Piauí (15%), São Paulo (11%) e Ceará (8%). Somente esses quatro estados produzem, juntos, 55% da toda a energia solar nacional. A Bahia também sai na frente no segmento eólico, com 30%, seguida pelo Rio Grande do Norte (28%).
Geração de empregos em meio à crise
Segundo o experiente engenheiro eletricista, Tércio Santos, de 31 anos, o setor emprega mais técnicos do que trabalhadores com nível superior. Nesse cenário, técnicos com formação elétrica e eletrotécnica com cursos adicionais são os mais demandamos, mas aqueles com especialidade em eletromecânica, mecatrônica e segurança do trabalho também têm seu espaço.
Outros ramos muito são requisitados no setor é de engenharia elétrica, civil, ambiental e de segurança, além de administração. O engenheiro pondera que, a depender do porte dos empreendimentos, a capacidade de vagas de emprego é maior. Em média, os salários variam entre R$ 3 mil a R$ 5 mil para profissionais técnicos, enquanto os engenheiros podem ganhar até R$ 10 mil.
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