Apesar de possuírem custos iniciais mais altos, os carros elétricos oferecem muitas economias aos motoristas após a compra. No entanto, essa vantagem pode ser reduzida com a implementação de mais taxas. Atualmente, uma das possibilidades mais debatidas é a introdução de pedágios nas estradas.
Com os inúmeros incentivos que recebem, motoristas de carros elétricos não serão afetados diretamente como aqueles com carros à combustão. No entanto, a situação tende a mudar a longo prazo, com a gradativa redução dos benefícios e a manutenção das novas taxas. A partir dessa mudança, a categoria não deixará de oferecer vantagens, mas certamente ficará menos atrativa.
Governos perdem dinheiro com carros elétricos
A cobrança desses insumos pode estar ligada à perda de receitas sofrida pelos governos com a transição para uma direção mais "verde", que reduz a demanda de petróleo. Segundo uma pesquisa realizada pelo The Sunday Times Driving, o Reino Unido perde £ 1.000 (cerca de R$ 7,6 mil) em impostos sobre combustível e emissões de CO2 no primeiro ano de migração de um motorista.
Em 2019, a Dinamarca sugeriu que uma migração em massa poderia custar US$ 904 milhões ao seu sistema de bem-estar social. Dito isto, vale destacar que mais de 50% do valor da gasolina se resume em impostos e taxas.
Do outro lado da moeda, quando o motorista faz essa migração, ele economiza uma média de £592 (R$ 4,5 mil) em impostos sobre combustível e £305 (R$ 2,3 mil) sobre aqueles ligados à emissão de poluentes na atmosfera. Quando o antigo carro era a diesel, o cenário melhora: £800 (R$ 6,1 mil) e £338 (R$ 2,5 mil), respectivamente.
Com os impactos já sofridos pelos governos, é possível notar que uma migração apresenta desafios estruturais, uma vez que a economia está fortemente ligada ao petróleo. Por esse motivo, a redução em massa da demanda pode gerar um rombo no orçamento dos países, que devem se planejar com muita cautela.
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