Apenas um dia após vender sua subsidiária de carros autônomos para a Aurora Technologies, a Uber também decidiu, na terça-feira (8), se desfazer do seu negócio de carros voadores, a Elevate, vendida à startup californiana Joby Aviation, numa transação descrita pelas partes como “parceria expandida”
Em comunicado à imprensa, o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, afirmou que o acordo firmado visa aprofundar a parceria já existente com a Joby “para acelerar o caminho para o mercado dessas tecnologias”. O acordo entre as duas companhias também prevê que a Uber invista US$ 75 milhões (R$ 384 milhões) na Joby Aviation.
Fundada em 2016, a Uber Elevate trabalhava, até o início deste ano, com a perspectiva de lançamento de serviços de táxi aéreo autônomo em Los Angeles, Dallas e Melbourne nos EUA em 2023. A Joby é uma startup voltada à fabricação e desenvolvimento de veículos aéreos pessoais do tipo VTOL (decolagem e aterragem vertical), projetados para serviços de táxi.
Segundo o comunicado conjunto, as aeronaves VTOL desenvolvidas pela empresa da Califórnia serão totalmente elétricas, do tipo “zero emissões”, terão capacidade para quatro passageiros e chegarão a um alcance de até 241 km, à velocidade de 321 km/h. Quando estiverem em serviço, a Joby poderá usar o aplicativo da Uber para operar sua frota.
O futuro da Uber
Fonte: Uber/DivuglaçãoFonte: Uber
A venda de ativos revela a intenção da Uber em cortar custos para se tornar lucrativa, uma meta prometida aos investidores até o final de 2021. Depois de registrar um prejuízo de US$ 625 milhões (R$ 3,2 bilhões) no último trimestre, a empresa ainda sofre os impactos causados pela pandemia da covid-19, que provocaram uma queda de 80% nas viagens em abril passado.
Na corrida pela lucratividade, a Uber anunciou em maio o corte de milhares de empregos e fechamento ou fusão de 40 escritórios. Agora, está concentrando todos os esforços nas suas principais plataformas de entrega de alimentos e transporte de passageiros.
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