A Dinamarca vai encerrar os projetos de exploração e produção de petróleo e gás no Mar do Norte progressivamente, até 2050, além de cancelar todas as futuras licenças para a realização desse tipo de trabalho na área. A decisão foi tomada após votação realizada pelo Parlamento dinamarquês e anunciada na última sexta-feira (4).
Maior produtor de petróleo da União Europeia (UE), a Dinamarca realiza a exploração em alto-mar desde 1972, produzindo atualmente cerca de 100 mil barris de petróleo bruto por dia, conforme as estimativas oficiais. No continente, o país só perde para a Noruega e o Reino Unido, que não integram a UE.
A decisão faz parte dos planos de reduzir as emissões de carbono nos próximos 30 anos, podendo levar até mesmo ao fim da era dos combustíveis fósseis no território dinamarquês. A medida também está alinhada com as diretrizes do Acordo de Paris, contribuindo para mitigar o aquecimento global.
A exploração offshore é feita pela Dinamarca desde a década de 1970.Fonte: Pixabay
Para se tornar cada vez menos dependente do petróleo, a Dinamarca tem investido em fontes renováveis de energia ao longo dos últimos anos. Ela foi uma das primeiras nações a adotar a energia eólica e no momento, mais de um terço da produção de eletricidade do país já é derivada das turbinas eólicas.
Exemplo para outros países
O anúncio feito pela Dinamarca em relação ao fim da exploração e produção de petróleo no Mar do Norte foi bastante comemorado pelos atividades ambientais. O Greenpeace, por exemplo, classificou a decisão como “histórica para a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis” e quer que ela sirva de referência.
Embora o país seja um pequeno produtor se comparado às maiores potências mundiais, a organização acredita que a medida drástica anunciada possa inspirar outros países a seguir o mesmo caminho nos próximos anos, resultando em maiores investimentos na energia limpa em todo o mundo.
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