A empresa alemã Lilium fez recentemente o primeiro teste de voo bem-sucedido com o seu avião elétrico, que incluiu as capacidades de decolagem e pouso verticais (VTOL, na sigla em inglês). O avião também é capaz de executar manobras mais complexas, como a transição do modo pairado para voo horizontal com sustentação alar.
Um dos diferenciais mais importantes dessa aeronave elétrica em relação aos aviões tradicionais com a mesma capacidade, que dependem de rotores, é a simplicidade do projeto do Lilium Jet. Trata-se de uma aeronave leve, potenciada por 36 motores a jato elétricos que, montados nas asas via 12 flaps móveis, fornecem empuxo quase instantâneo em todas as direções.
Durante a decolagem, os flaps apontam para baixo, proporcionando sustentação vertical. Uma vez no ar, eles voltam aos poucos à posição horizontal, permitindo o deslocamento da aeronave no sentido paralelo ao horizonte. Isso torna desnecessários os controles de superfície, como leme, ailerons (as partes móveis das asas) e cauda.
A decolagem do Lilium Jet
As operações de decolagem e pouso do Lilium Jet necessitam de um espaço muito reduzido, podendo ocorrer até mesmo no topo de um edifício. As quatro asas têm papel destacado na eficiência do projeto, ao oferecer sustentação para suportar o peso da aeronave durante o voo vertical.
O jato opera exclusivamente com energia elétrica, o que coloca o Lilium como a única aeronave capaz de operações e voos a jato, utilizando suas asas para sustentação, como nos modelos de aviões convencionais. A autonomia das baterias é de 300 quilômetros com velocidade máxima de cruzeiro de 300 km/h.
O consumo de energia em voo é o mesmo dos carros elétricos atualmente existentes. Por isso, a Lilium aposta no sucesso de seu avião elétrico no mercado de aviação regional brevemente, pois garante “alcance, velocidade e carga útil, ao mesmo tempo que oferece uma pegada de baixo ruído e os mesmos padrões de segurança das aeronaves comerciais de hoje".
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