Dois programas que permitem a empresas oferecerem corridas com o uso de carros autônomos e cobrarem por elas foram aprovados, na quinta-feira (19), pela Comissão de Serviços Públicos da Califórnia, agência reguladora do estado norte-americano. Entretanto, é cedo para comemorar a chegada dos "robotáxis", uma vez que é preciso que as companhias passem pelo processo de aprovação do órgão – e muitas alegam excesso de burocracia.
A princípio, podem se inscrever aquelas que desejem atuar com ou sem motorista, assim como com viagens compartilhadas ou não. Para isso, devem conseguir licenças variadas – incluindo uma carta de recomendação “Nível 3” – e preencher diversos requisitos, além de enviar planos de segurança e relatórios trimestrais que forneçam uma série de informações.
Estão entre os dados exigidos locais de embarque e desembarque para viagens individuais, disponibilidade e número de corridas acessíveis àqueles que utilizam cadeira de rodas e serviços destinados a comunidades carentes, além de tipo de combustível e distâncias percorridas. Considerando todo o processo, de acordo com a Cruise, da GM, são necessários até dois anos para os carros rodarem.
Processo pode demorar mais que o desejado.Fonte: Reprodução
Já é um começo
Há quem comemore o movimento, mesmo com todos os "poréns", pois a decisão foi tomada após meses de pressão exercida pela indústria de veículos autônomos – ainda que não tenha efeito imediato e exija muita dedicação daqueles que quiserem entrar no mercado do futuro.
A Waymo, anteriormente conhecida como Projeto de Carro Autônomo da Google, é um exemplo: "Estamos satisfeitos com a aprovação de uma estrutura regulatória estadual para carona comercial autônoma, já que esta ação tão esperada permitirá a implementação gradual de nossos serviços na Califórnia", declara Annabel Chang, chefe de política da empresa, em comunicado oficial.
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