Em razão do crescimento das energias renováveis, a produção global de hidrogênio pode dobrar até 2030, indica uma análise da Frost & Sullivan, empresa de consultoria de negócios.
Atualmente, a produção dessa energia atinge 71 milhões de toneladas. Mas, conforme a previsão da empresa, esse número chegará a 168 milhões em apenas 10 anos. No mesmo período, a receita global deve sair de US $ 177,3 bilhões para US $ 420 bilhões.
O motivo que impulsionará essa mudança é a crescente preocupação com o meio ambiente, mas não só isso: o aumento da lucratividade das energias renováveis também entra em jogo. Não atoa, esse setor têm recebido cada vez mais investimento e atenção de grandes empresas — até mesmo aquelas do segmento petrolífero.
Importância do apoio estatal
No entanto, segundo o analista de prática industrial da Frost & Sullivan, Swagath Navin Manohar, "para que a economia do hidrogênio se torne uma realidade, são necessárias ações governamentais decisivas em quatro áreas-chave”.
Além de fornecer incentivos às empresas que atuam nesse setor, os governos ainda devem apoiar atividades relacionadas à produção, armazenamento, transporte e utilização do hidrogênio. Ele ainda afirma que é preciso considerar "as barreiras socioeconômicas que inibem o crescimento da tecnologia".
Crescimento por região
Conforme a análise da Frost & Sullivan, a produção de hidrogênio terá particularidades regionais. Entre os países que têm potencial para se destacar nesse setor, o relatório pontua o Reino Unido, Austrália, Alemanha, Estados Unidos, França, China e Japão.
A Índia também é citada, no entanto, embora tenha reservas de energias renováveis, o país ainda se encontra nos estágios inicias da produção neste segmento.
“Embora o custo de estabelecer uma economia de hidrogênio seja alto, as promessas associadas ao hidrogênio — como uma ferramenta importante para catalisar a transição para uma economia de energia sustentável — são enormes”, acrescentou o analista Manohar, indicando que a energia trará inúmeros benefícios, inclusive para os setores marítimo, de mobilidade e aviação.
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