A partir de 2024, os carros elétricos devem ter o mesmo custo de produção que os veículos convencionais, com motores a combustão, podendo resultar em uma queda nos preços dos modelos sustentáveis. É o que sugere um estudo divulgado na última quarta-feira (21), pelo banco de investimentos UBS.
O custo para fabricar um carro movido a energia elétrica deve cair para um valor próximo a US$ 1,9 mil a mais do que a quantia necessária para produzir um automóvel a gasolina, em 2022. Seguindo o ritmo de queda, essa diferença deixará de existir já em 2024, como aponta a pesquisa.
Para chegar a essa conclusão, o banco levou em conta a produção das baterias, um dos principais motivos para a diferença de preços entre os dois tipos de veículos — o componente representa entre um quarto e dois quintos de todo o custo de um carro elétrico.
A redução no preço de produção das baterias também deve beneficiar os modelos híbridos.Fonte: Unsplash
Após analisar detalhadamente as baterias dos sete maiores fabricantes do mundo, incluindo empresas como a japonesa Panasonic, a coreana LG Chem e a chinesa CATL, o UBS afirmou que os custos para produzir o componente podem cair para menos de US$ 100 por kWh até 2022.
Aumento na participação de mercado
Com a queda nos preços dos elétricos, o banco de investimentos acredita que esses modelos aumentem consideravelmente a sua participação no mercado. A previsão é de que eles representem 17% das vendas globais em 2025, subindo para 40% em 2030.
“Não há muitos motivos para comprar um carro convencional depois de 2025”, comentou o analista do UBS Tim Bush, em entrevista ao The Guardian. Para ele, as baterias mais baratas também serão benéficas para os veículos híbridos, que igualmente terão os preços reduzidos.
Mesmo custando mais, atualmente, espera-se que sejam vendidos 1 milhão de carros elétricos e híbridos na União Europeia, até o final deste ano.
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