Na última quinta-feira (24), a ZeroAvia realizou o primeiro voo comercial com uma aeronave elétrica movida a hidrogênio da história. No teste, que durou 20 minutos, um pequeno avião de seis lugares decolou de um campo de aviação, em Bedfordshire, Inglaterra, e cruzou alguns condados da região sul do país.
Agora, a companhia afirma que pretende oferecer esses voos de curta duração, para o público em geral, em até três anos, e que a tecnologia necessária para realizar voos de longa duração em massa já está pronta, o que deve acontecer até o final desta década. O que falta, no momento, é a infraestrutura de suporte.
Em voos mais longos, a ZeroAvia quer começar com distâncias de 400 quilômetros.
Avião Piper M, da ZeroAvia, tem seis lugares e emite apenas vapor d'água.Fonte: ZeroAvia/Divulgação
Os desafios da infraestrutura
Para David Gleave, investigador de segurança da aviação e pesquisador da Universidade de Loughborough, “não se trata apenas de uma questão de criar aviões baseados em hidrogênio e fazê-los funcionar, precisamos da infraestrutura no solo para dar suporte a tudo”.
Não há como manter voos em massa movidos a hidrogênio porque a infraestrutura que dispomos no momento não é apropriada à nova tecnologia nem para processos essenciais, como o reabastecimento. Fora isso, as aeronaves ainda precisam se adequar a novos requisitos de segurança.
Airbus entrando no jogo
A façanha da ZeroAvia ocorreu somente alguns dias depois que a Airbus anunciou suas intenções de hidrogenar sua frota de aeronaves.
Apesar ser uma das maiores companhias aéreas do mundo, colocar esse projeto em prática, para a Airbus, ainda esbarraria na questão da infraestrutura, e em uma proporção muito maior do que para uma empresa do tamanho da ZeroAvia.
A Airbus pretende implantar sua frota movida a hidrogênio a partir de 2035.
Fontes
Categorias