Segundo dados de uma pesquisa da Northwestern University, se 25% da frota de veículos movidos a combustão interna (VCI) dos EUA fossem hoje substituídos por veículos a eletricidade (VEs), a economia seria de US$ 17 bilhões ao ano. Ao subir esse índice para 75% (e ainda aumentando a geração de energia limpa), o valor poupado alcançaria os US$ 70 bilhões anuais.
A economia seria acompanhada da diminuição drástica nas emissões de carbono e, consequentemente, em seus efeitos nas mudanças climáticas e na poluição do ar, impactando na melhoria da saúde da população.
Economia de dólares e vidas
"A eletrificação de veículos nos Estados Unidos pode prevenir milhares de mortes prematuras anualmente, enquanto reduz as emissões de carbono em centenas de milhões de toneladas”, disse em comunicado o engenheiro de computação Daniel Peters, que liderou o estudo.
Para chegar a esses resultados, Peters e sua equipe usaram modelos climáticos combinados com dados como aqueles oriundos do sistema de saúde público dos EUA, emissões de carbono e a frota de veículos (ano base: 2014) para avaliar o impacto dos veículos elétricos (VEs) na vida dos americanos e na economia do país.
Passado elétrico
A conclusão a que eles chegaram é que a substituição de 25% da frota de VCI por carros elétricos teria diminuído a emissão de dióxido de carbono em 250 milhões de toneladas.
Em 1900, 25% dos 4.192 carros produzidos nos EUA eram elétricos, chegando a 37% em 1910, enquanto os movidos a combustão representavam apenas 22%; um estudo do Boston Consulting Group (BCG), porém, prevê que em 2030 o mercado de VCI será reduzido a 50%.
A decadência dos carros elétricos nos EUA tornou o país campeão em emissões de carbono de 1860 a 2005 — hoje, é a China.Fonte: Flickr/carlylehold
“Do ponto de vista da engenharia e da tecnologia, há o desenvolvimento de soluções para as mudanças climáticas há anos. Este estudo descobriu que a adoção de VEs não apenas reduz os gases de efeito estufa, mas também salva vidas. O custo social do carbono e o valor do ser humano, estatisticamente, são métricas muito debatidas, usualmente utilizadas para tomar decisões políticas. O trabalho vai ajudar a atribuir um valor tangível às consequências intangíveis da emissão de gases na atmosfera”, explica o cientista climático Daniel Horton, coautor do estudo.
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