A nova geração do trem-bala do Japão entrou em operação ontem (01), circulando entre as estações das cidades de Tóquio e Osaka. Além da grande velocidade e do maior conforto para os passageiros, o modelo N700S também se destaca por ter a capacidade de se mover sozinho para um local seguro, em caso de terremoto.
Equipado com um sistema de autopropulsão com baterias de íons de lítio, o Shinkansen, como o trem-bala japonês também é conhecido, pode circular por uma curta distância, em baixa velocidade, se ocorrer a interrupção no fornecimento de energia.
O sistema, o primeiro do gênero no mundo, pode ser acionado em situações de falta de energia causada por terremoto ou outro desastre natural, por exemplo, transportando os passageiros para um local mais seguro. Com isso, é possível evitar que o trem fique parado em áreas de risco, como pontes ou túneis.
A nova geração do trem-bala traz uma série de melhorias em relação à anterior.Fonte: Wikimedia Commons
E a tecnologia de ponta não para por aí na versão "Supremo" do trem. Ela traz um novo sistema de suspensão ativa que absorve as vibrações do trem, garantindo uma viagem mais silenciosa e suave. Há ainda um sistema de controle renovado e freios automáticos para situações de emergência, poltronas mais reclináveis e com tomada individual. O design também mudou, ganhando formato mais aerodinâmico.
Velocidade limitada
Durante testes realizados em 2019, o novo trem-bala japonês alcançou 360 km/h de velocidade máxima, tornando-o um dos mais velozes do mundo. Porém, a Central Japan Railway Company (JR Central), responsável pelo Shinkansen, trabalha com uma velocidade reduzida nas viagens convencionais, de “apenas” 285 km/h.
Mesmo com esta limitação, o N700S faz o trajeto entre as duas cidades em pouco mais de 2 horas e 20 minutos, na modalidade expressa, que tem uma menor quantidade de paradas. Vale lembrar que a distância percorrida na linha Tokaido Shinkansen é de 514 km.
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