Uma nova bateria de íons de sódio (Na-Ion) foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade Estadual de Washington e do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico, nos Estados Unidos. Capaz de funcionar tão bem quanto a bateria de íons de lítio, ela se destaca por ser mais barata, eficiente e produzida com material abundante. A adoção industrial dessa tecnologia pode significar uma queda brusca no preço de carros elétricos, por exemplo.
A equipe que participou do projeto afirma ter obtido um dos melhores resultados até o momento em relação às baterias de íons de sódio. De acordo com os pesquisadores, ela consegue manter mais de 80% da sua carga mesmo depois de 1 mil ciclos.
O potencial do material já era conhecido, mas havia problemas no armazenamento de energia e na recarga. Para resolver estas falhas, a equipe desenvolveu um cátodo de óxido de metal em camadas e um eletrólito líquido com íons de sódio extras para criar uma espécie de “sopa”, aumentando a interação com o cátodo.
A nova bateria pode substituir as convencionais de íons de lítio em breve.Fonte: Universidade Estadual de Washington/Divulgação
Entender melhor a interação entre o cátodo e o eletrólito é o próximo passo da pesquisa, para possibilitar o uso de outros materiais, melhorando o design da bateria e aumentando as chances de uso para diferentes aplicações.
Vantagens econômicas e ambientais
Além da maior retenção de carga, a nova bateria tem material de fabricação mais barato e encontrado em abundância na crosta terrestre e nos oceanos. O sódio representa 2,8% de toda a massa do nosso planeta, enquanto o lítio e o cobalto, utilizados na produção das baterias convencionais, representam 0,0007% e 0,0029%, respectivamente.
Ela também pode contribuir com a preservação do meio ambiente, pois a extração do sódio não é tão agressiva quanto a mineração dos materiais raros. No caso do cobalto, a extração tem acontecido em condições desumanas, em algumas regiões, gerando preocupações.
Futuramente, a bateria de íons de sódio pode substituir a de íons de lítio em diferentes produtos, incluindo carros elétricos e smartphones, caso o projeto avance.
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