A Dinamarca anunciou a proposta para construção de duas grandes ilhas que vão abrigar parques eólicos. De acordo com o governo do país, o projeto pode aumentar a capacidade eólica da Europa em 54%.
As turbinas eólicas vão ser instaladas na existente ilha de Bornholm, no Báltico, e em uma segunda ilha construída em uma estrutura artificial. Inicialmente, elas vão poder produzir 4 GW de energia renovável e esse número aumentará para até 12 GW após a conclusão.
Além de gerar energia eólica, os parques vão produzir hidrogênio.Fonte: Pixabay/Reprodução
No primeiro momento, a construção das ilhas artificiais e a instalação das turbinas eólicas vão custar cerca de 37 bilhões de euros. Entretanto, o investimento nesta tecnologia também vai poder ser utilizado para a produção de hidrogênio.
Em entrevista ao Financial Times, o Ministro do Clima Dan Jorgenson revelou que o projeto vai ser financiado através de parcerias públicas-privadas. Desta forma, os investidores privados vão ser responsáveis por prover a maior parte do valor.
Aguardando a votação do parlamento, o projeto apenas reflete a tradição dinamarquesa em investir em fontes de energia limpa. Além de ser sede das principais empresas de energia eólica, o país construiu o primeiro parque eólico offshore do mundo em 1991.
Dinamarca tem tradição em investir em energia limpa.Fonte: Pixabay/Reprodução
Coronavírus e o combate às mudanças climáticas
Mesmo com o impacto do coronavírus, Jorgenson anunciou recentemente um pacote que visa reduzir as emissões do país em 70% em uma década. Segundo o ministro dinamarquês, apesar da pandemia, eles não podem deixar de lado as mudanças climáticas.
“Estamos no meio de uma crise de saúde sem precedentes, mas isso não significa que o problema das mudanças climáticas diminuiu. Também enfrentamos uma crise climática”, declarou. “De fato, isso mostra que estamos todos nas mãos da natureza”.
Para o setor de energias renováveis, a construção das ilhas eólicas é uma excelente notícia. Devido ao covid-19, a Agência Internacional de Energia informou que a implantação de projetos de fontes renováveis em 2020 vai ser um terço menor do que em 2019.
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