A Ferrari não deve lançar o seu primeiro carro totalmente elétrico antes de 2025. E dependendo do desenvolvimento da tecnologia, a estreia da marca neste segmento pode demorar ainda mais. Quem garante é o diretor de marketing da montadora italiana Enrico Galliera.
Em entrevista à Autocar, publicada na última sexta-feira (15), o executivo disse que a icônica fabricante não tem nenhuma pressa em apresentar o seu modelo movido a eletricidade. E o motivo é bem simples: a tecnologia atual das baterias não é adequada aos carros da Ferrari.
“Acreditamos firmemente que a tecnologia da bateria ainda não foi desenvolvida o suficiente para atender às necessidades de um supercarro. Nos próximos cinco anos, não acreditamos que a tecnologia possa atender às necessidades de uma Ferrari”, revelou o diretor.
Patente vazada mostra esboço da Ferrari elétrica.Fonte: InsideEVs/Reprodução
Segundo Galliera, nem mesmo a chegada de novos fabricantes de carros elétricos de luxo, como a Pininfarina, fará a empresa acelerar os seus planos: “Existem alguns concorrentes entrando no mercado com novas tecnologias que examinaremos, mas isso será um problema para a Ferrari? Acho que não, por causa dos nichos específicos da Ferrari”, ressaltou à publicação britânica.
Patentes vazadas
No início do ano, patentes vazadas mostraram um esboço do que seria a primeira Ferrari elétrica, dando a entender que a companhia possui planos em andamento. Nas imagens (veja uma delas acima), aparece um carro de dois lugares, com tração nas quatro rodas e um motor em cada uma delas.
O projeto pode indicar que a marca esteja se preparando para atender às proibições da venda de carros à combustão previstas para entrar em vigor nos próximos anos, em alguns países.
A Ferrari já possui, em seu catálogo, um superesportivo híbrido plug-in, o SF90 Stradale. Lançado no ano passado, o modelo tem um motor V8 a combustão, em conjunto com um propulsor elétrico, que juntos geram quase 1 mil cavalos de potência.
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