O Grupo Renault anunciou nesta terça-feira (14) que vai interromper as vendas de carros movidos à combustão na China para focar no mercado de carros elétricos e LCVs (veículos da categoria N1, ou seja, que pesam até 3,5 toneladas e são utilizados para transporte de mercadorias).
Essa mudança pode estar relacionada à recente redução do número de vendas de carros convencionais. Em 2019, por exemplo, a montadora francesa vendeu apenas 18.607 carros movidos à combustão no país, enquanto sua capacidade de produção anual chegou a 110 mil veículos.
Com isso, a Renault teve um prejuízo de mais de US$ 212 milhões e precisou repensar a sua estratégia de negócios no país. Para fins de comparação, as vendas no segmento LCV totalizaram quase 162 mil no mesmo ano.
Ao contrário do plano original, a ideia agora é focar em segmentos mais ecológicos e lucrativos, como os carros elétricos e os veículos comerciais leves (LCVs). Para tanto, a Renault divulgou que fará algumas mudanças corporativas.
A montadora opera o segmento de veículos comerciais leves através da joint venture (ou “empresa conjunta”) Renault Brilliance Jinbei Automotive (RBJAC) que, segundo o comunicado, permanecerá sem alterações. O negócio de carros elétricos será administrado por outras duas joint ventures da Renault já existentes.
O segmento de veículos convencionais, por outro lado, sofrerá algumas mudanças. A Renault anunciou irá transferir suas ações da Dongfeng Renault Automotive Company (DRAC), empresa conjunta especializada neste ramo automobilístico, para a Dongfeng Motor Corporation. A partir desta transferência, a DRAC não usará mais a marca Renault.
Uma das novidades mais importantes divulgadas no comunicado é que o Renault City K-ZE (um Kwid elétrico), carro urbano totalmente elétrico fabricado e vendido na China desde 2019, será comercializado globalmente – com previsão de chegada na Europa em 2021. Ainda não temos data para venda do modelo no Brasil.
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