Um documento divulgado pelo Wall Street Journal mostra que a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) sabia que poderiam ocorrer novos acidentes com o Boeing 737 Max caso as falhas no projeto do avião não fossem corrigidas.
O órgão iniciou a análise sobre a aeronave logo após a primeira queda de um avião deste tipo, ocorrida na Indonésia em outubro de 2018, resultando na morte de 189 pessoas. E a conclusão foi alarmante: cálculos feitos pela FAA na época previam que o 737 Max poderia cair 15 vezes ao longo de sua vida útil (em torno de 45 anos).
Com base nestes dados, o Business Insider calculou que se a aeronave estivesse com a sua lotação máxima durante estes possíveis acidentes com o Boeing 737 Max e nenhum dos passageiros sobrevivesse poderia haver até 3.450 mortes, além das pessoas que perderam a vida no desastre da Lion Air, na Indonésia.
O segundo acidente com o Boeing 737 Max aconteceu em março, na Etiópia. (Fonte: Business Insider/Reprodução)
Mesmo sabendo disso, os inspetores de segurança e os especialistas técnicos da FAA não recomendaram a suspensão das operações com o 737 Max, o que só viria a acontecer após o segundo acidente envolvendo a aeronave, em março deste ano na Etiópia, quando morreram 157 pessoas.
Falhas no software estariam entre os problemas do Boeing 737 Max
Uma das prováveis causas dos acidentes envolvendo este modelo de aeronave apontadas pelos investigadores seriam as falhas no software de controle de voo, chamado de Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS, na sigla em inglês), que levariam o nariz do avião a se inclinar para baixo.
A Boeing já informou que tem realizado os ajustes exigidos pela FAA para corrigir as falhas no MCAS. No entanto, ainda não há previsão de quando o 737 Max estará liberado para voar novamente.
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